PM morto por preso em 'saidinha' será homenageado com a Medalha da Inconfidência

O sargento Roger Dias da Cunha, assassinado aos 29 anos durante uma perseguição policial no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte, em janeiro deste ano, será homenageado com Medalha da Inconfidência Mineira. A cerimônia acontecerá no próximo domingo (21), feriado de Tiradentes, em Ouro Preto, região central do Estado.

A lista dos homenageados foi publicada nesta sexta-feira (19 de abril), no Diário Oficila do Estado de Minas Gerais (DOE-MG). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso será o principal homenageado com o Grande Colar. No entanto, a presença de Cardoso na solenidade ainda não foi confirmada. 

Ao todo, durante o evento, quatro medalhas são entregues, sendo o Grande Colar o mais importante, geralmente entregue a apenas uma pessoa. Além dele, 40 pessoas recebem a Grande Medalha, 58 a Medalha de Honra e 72 a Medalha da Inconfidência. Com isso, 170 pessoas são agraciadas com a honraria.

• Veja a lista dos homenageados

Os nomes homenageados são escolhidos por um Conselho Permanente da Medalha da Inconfidência, formado por dirigentes de órgãos dos três poderes estaduais, de universidade e de outras instituições.

A morte do Sargento Roger Dias

O sargento Dias foi atingido por disparos à queima-roupa na noite de 5 de janeiro, quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois suspeitos na Avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.

Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e da ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial. O autor do crime estava foragido da Justiça, após não retornar da saída temporária de fim de ano.

O militar foi socorrido por colegas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, mas, dada a complexidade do caso, foi encaminhado para o Hospital João XXIII. O militar, que é pai de uma criança recém-nascida, estava na Polícia Militar há cerca de 10 anos.