Sete detidos

Polícia Civil prende grupo suspeito de 18 homicídios em Igarapé

Crimes teriam ligação com o tráfico de drogas em Igarapé

Por Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2015 | 16:13
 
 
Grupo suspeito de 18 homicídios em Igarapé Polícia Civil / Divulgação

Sete pessoas suspeitas de integrantes de uma organização criminosa responsável por pelo menos 18 homicídios em Igarapé e Região Metropolitana foram presos e apresentados, nesta quinta-feira (12), pela Polícia Civil.

Segundo a corporação, o último dos assassinatos ocorreu na mesma data das prisões, quando dois jovens de 19 anos, Douglas Silva de Paula, conhecido como "Doguinha", e Hiago Veronez Neubaner, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas em Igarapé, foram assassinados a tiros, no município de São Joaquim de Bicas.

Dentre os presos, está o homem apontado como líder do grupo, Matheus Henrique da Silva (conhecido como Arco), que teria planejado os assassinatos. De acordo com as apurações, a motivação do crime seria uma disputa pelo tráfico de drogas existente entre o grupo de Matheus e as vítimas, que teriam subtraído porções de drogas pertencentes ao bando.

Segundo a Polícia Civil, a partir de interceptações telefônicas, Matheus e outras seis pessoas teriam executado Douglas e Hiago a tiros, em uma mata da região do bairro Pousada das Rosas, em São Joaquim de Bicas. O veículo usado pelos os suspeitos  para a fuga foi interceptado pela equipe de policiais civis no local, sendo presos o motorista Célio César Ferreira e a companheira de Matheus, Karolaine Camilo de Oliveira.

O restante do grupo, contudo, conseguiu fugir a pé pela mata em outro veículo, que estava escondido no bairro Serra Verde, também em São Joaquim de Bicas. Após buscas, a polícia localizou este segundo veículo, onde estavam Matheus, Daniel Francisco dos Santos, Guilherme de Paula Silva e o casal Ramsés Fernandes Bahia e Gedália Pereira Lucindo. Todos foram presos em flagrante.

Com os suspeitos, a polícia apreendeu um revólver calibre .38 e um canivete, que tinham sido utilizados no crime.  De acordo com a delegada Carolina Carneiro, que coordenou as investigações, os levantamentos prosseguem de modo a confirmar a participação dos suspeitos em outros casos de homicídios, registrados desde 2014, sobretudo, nos bairros Resplendor, Roseiras e Industrial, em Igarapé. “Agora que os suspeitos foram presos e o material utilizado no crime apreendido, poderemos cruzar os dados dos suspeitos para avançar nas investigações dos inquéritos de homicídios já em andamento”, afirmou a delegada.