O sargento da Polícia Militar de Minas Gerais de 41 anos, que se trancou em um motel em Belo Horizonte, teve a morte cerebral confirmada pelos médicos na manhã desta sexta-feira (12 de abril). A informação foi confirmada à reportagem por uma fonte ligada à família, e que acompanha o caso.
O militar está internado no hospital João XXIII desde a última quarta-feira (10), após ficar mais de seis horas trancado em um motel na avenida Barão Homem de Melo, região Oeste da capital. Ele chegou ao local na noite de terça-feira (9) e teria tido um surto na manhã de quarta-feira. Após mais de seis horas de negociação com o Bope, ele foi socorrido para o hospital com um ferimento na cabeça.
O homem tem duas filhas, de 11 e 13 anos. Ele passava por processo de divórcio com a esposa e estava afastado das funções na Polícia Militar de Minas Gerais.
Entenda o que é morte cerebral
A morte encefálica, popurlamente conhecida como morte cerebral, é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.
Segundo o Ministério da Saúde, a morte encefálica é permanente e irreversível.
Relembre o caso
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para negociar com um policial militar que se trancou dentro de um quarto do motel Barão, na avenida Barão Homem de Melo, na região Oeste de Belo Horizonte. A dona do estabelecimento, Cristiane Merino, informou que o homem chegou ao local na noite de terça-feira (9 de abril) para passar a noite. Na manhã de quarta-feira (10), um colega do militar relatou à direção do motel que o homem estaria ameaçando tirar a própria vida.
A partir dessa informação, militares especializados foram até o local para tentar negociar a saída do sargento. A corporação foi acionada por volta de 10h. As negociações duraram seis horas. A energia foi cortada para facilitar as negociações, segundo Cristiane. Os policiais se posicionaram na garagem do quarto para tentar articular a rendição do policial. "Ele se negou a sair do quarto, a gente desligou o ar condicionado e a energia. Não havia nenhum cliente lá dentro", disse Cristiane. Quem estava no estabelecimento precisou sair. Ela afirmou ainda que o homem não pediu bebidas alcoólicas durante a noite, apenas água. Ele também não agrediu nenhum profissional do estabelecimento e apresentou um comportamento tranquilo.