AUDIÊNCIA

Preços de alimentos no aeroporto de Confins poderão ser revistos

Representante da concessionária que administra o terminal reconheceu os preços exorbitantes praticados no local

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 02 de julho de 2015 | 18:08
 
 
Representante do BH Airport reconheceu a alta nos preços praticados no terminal MOISES SILVA / O TEMPO

O representante do BH Airport, concessionária responsável pela gestão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, admitiu a alta dos preços praticados pelos comerciantes do terminal e disse que medidas estão sendo tomadas para reduzir a diferença.

A explicação foi dada a deputados da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em audiência pública realizada nesta quinta-feira (2) para obter esclarecimentos sobre os preços exorbitantes de bebidas, comida e estacionamento praticados no aeroporto.

O relações institucionais da BH Airport, Guilherme Motta Gomes, afirmou que os contratos atualmente vigentes foram “herdados” da Infraero, sem cláusulas de regulação de preços. Ele reconhece que algumas lojas oneram entre 15% e 20% os preços em relação a outros lugares de Belo Horizonte. Mas, segundo ele, já estão em andamento licitações para ocupação dos espaços e os novos contratos, que devem estar em vigência até novembro, exigirão dos comerciantes a prática de preços compatíveis com o mercado geral.

Outra estratégia da concessionária, de acordo com Gomes, é ampliar a diversidade de produtos para estimular a concorrência e, naturalmente, pressionar a redução dos preços. Guilherme Gomes afirmou também que estão sendo realizadas negociações com os comerciantes atuais para que sejam oferecidas promoções diárias.

Estacionamento

Sobre os preços do estacionamento, o representante da administradora apresentou uma tabela com os valores em Confins, inferiores aos praticados na maioria dos aeroportos brasileiros. No terminal, o valor da hora é R$ 8 e da diária, em média, R$ 40, variando com o local escolhido. No Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, os valores são, respectivamente, R$ 10 e R$ 50; no Galeão (Rio de Janeiro), R$ 14 e R$ 61; em Guarulhos (São Paulo), R$ 12 e R$ 45; e, em Brasília, R$ 10 e R$ 36.

Possível solução

Uma opção oferecida pelo Aeroporto de Confins para fugir dos preços altos das lojas são as máquinas automáticas que, segundo Guilherme Gomes, apresentam valores razoáveis. Entre os exemplos apresentados, a garrafa de 500 ml de água mineral custa R$ 3; refrigerante lata, R$ 4; suco, R$ 4; sanduíche, R$ 8; e café expresso, R$ 2. Ele afirma que existem máquinas colocadas em 15 pontos diferentes do terminal.