Cartilha

Procon de BH orienta consumidores sobre Black Friday

Objetivo é evitar fraudes, falsas promoções e práticas abusivas

Por O TEMPO
Publicado em 23 de novembro de 2021 | 23:36
 
 
Dois a cada três consumidores brasileiros pretendem fazer compras nesta Black Friday Foto: Fred Magno

A Black Friday, movimento lojista de origem norte-americana e que já virou moda no Brasil desde 2011, acontece na próxima sexta-feira (26). Diante dos inúmeros casos de fraudes, falsas promoções e práticas abusivas registradas nos últimos anos, o Procon de Belo Horizonte, além de monitorar os preços dos produtos, também desenvolveu uma cartilha que visa orientar a população e minimizar os riscos de golpes.

No documento, o órgão de defesa do consumidor da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ensina os clientes a checarem a credibilidade dos sites que anunciam produtos, a desconfiar de promoções exageradas, conferir valores e a evitar formas de pagamento que possam configurar um golpe.

Confira abaixo a cartilha:

- Desconfiar de promoções "exageradas" em que o produto desejado apareça com 80%, 90% de desconto. É aquela história: "a esmola quando é muita o santo desconfia". Suspeite quando houver desproporção entre o valor ofertado e o valor de mercado. Nesse sentido, a dica é buscar as ofertas do mesmo produto em outros sites. Também é importante que os consumidores leiam as letrinhas miúdas e vejam o regulamento dos termos e condições das promoções.

- Verificar se os sites são verdadeiros, principalmente nas compras feitas através de links recebidos por mensagens de aplicativo ou outros canais. Dica: tentar achar a mesma promoção através dos sites de busca, a fim de evitar fraudes. Às vezes criminosos se fazem passar por grandes marcas/lojas para induzir os consumidores a erro.

- Em casos de primeira compra em empresa desconhecida: verificar a reputação da empresa. Hoje existem boas ferramentas que permitem afirmar se uma empresa é confiável ou não, como os sites "Reclame Aqui" e "Consumidor.gov.br". Nesses sites é possível ver também os problemas mais comuns e o encaminhamento dado a cada caso pelas empresas.

- Evitar comprar usando redes de internet wi-fi. Isso vale não só para compras em Black Friday, mas para quaisquer transações feitas on-line. As redes de wi-fi são mais sujeitas a “invasões”, com rastreamento de dados pessoais dos consumidores.

- Sempre que possível, evitar pagamentos através de boleto ou pix. Dar preferência para os pagamentos através de cartões de crédito, que estão sujeitos à validação e a um maior suporte da operadora do cartão. Se for pagar por pix ou boleto, verificar sempre se os dados do beneficiário coincidem com o nome da marca ou da empresa onde a compra está sendo feita.

- Verificar condições e penalidades de cancelamento: no caso de contratos de prestação de serviço continuada ou a se realizar em data futura (como cursos ou viagens, por exemplo), o consumidor deve solicitar - no ato da contratação - informações sobre seu cancelamento e, se possível, que o vendedor aponte onde constam referidas informações no contrato, para que sejam evitadas surpresas desagradáveis em momento futuro.

- Em casos de compras presenciais: conferir o valor passado na maquininha de cartões. Um golpe comum é o fornecedor passar um valor maior e cobrir discretamente o visor ao passar a maquininha ao cliente.

- Algumas grandes lojas e marcas realizam promoções durante todo o mês de novembro, e não somente no dia da Black Friday. Nesse sentido, é possível que no dia não haja – de fato – maiores descontos. Pode acontecer, também, de as empresas aumentarem os valores às vésperas da Black Friday, para – quando chegar o dia – dar um falso desconto. Por isso, o ideal é monitorar os preços dos produtos desejados durante todo o mês das ofertas, para que faça os negócios de maneira mais consciente.

- Compras internacionais: Sites como a Amazon, Mercado Livre e Shopee, que atuam no Brasil, comercializam produtos importados. Os consumidores devem ficar atentos quanto aos prazos de entrega e possíveis taxações.