Sem aulas

Professores da rede pública fazem paralisação em BH

Profissionais cruzaram os braços por 24 horas, mas há possibilidade de greve geral; assembleia da categoria acontece nesta terça

Por Thalita Marinho
Publicado em 06 de agosto de 2019 | 09:42
 
 
Números e histórias pessoais mostram as distinções entre o caminho dos egressos das escolas públicas e o dos que têm o privilégio de estudar em colégios particulares no Brasil Foto: Alex de Jesus 22.11.2017

Profissionais da educação pública de Belo Horizonte fazem paralisação de 24 horas nesta terça-feira (6). Segundo a diretora suplente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), Jacinta Braga, duas escolas estão com as atividades 100% paralisadas.

São elas: Escola Municipal Zilda Arns, no bairro Belmonte, e Escola Municipal Professor Mílton Lage, que ficam na região Nordeste da capital mineira. 

"As outras unidades de ensino funcionam hoje (nesta terça) com quadro reduzido, mas com possibilidade de greve geral a partir desta quarta (7). A decisão de uma greve geral vai ser tomada na tarde desta terça (6) em assembleia na praça da Estação, marcada para às 14h30", explicou Jacinta. 

Dentre as pautas da categoria estão a reforma da Previdência, a demissão de trabalhadores da Minas Gerais Administração e Serviços S.A (MGS) e a campanha salarial de 2019.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que recebeu com surpresa a notícia da paralisação. A pasta citou audiência realizada na 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte nessa segunda-feira (5), na qual ficou decidido que migração dos atuais empregados via Caixa Escolar para a MGS se dará até 30 de agosto de 2019, e a convocação dos aprovados no concurso, em andamento, será feita até 23 de agosto de 2021. A data limite para substituir todos os trabalhadores via Caixa Escolar, segundo a secretaria, será o dia 31 de julho de 2023.

"As propostas foram feitas pelo SindRede/BH, perante a juíza do Trabalho e acatadas pelos representantes do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria Municipal de Educação, da MGS- Minas Gerais Administração e Serviços S/A, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e da Procuradoria do Município de Belo Horizonte, presentes na audiência", diz a nota.

Sobre reajuste salarial, a pasta informou que o desequilíbrio nas contas do município causada pela falta de repasse do governo de Minas - no valor aproximado de R$ 600 milhões -, fez com que a prefeitura reorganizasse o financeiro para manter a cidade em funcionamento e garantir o pagamento em dia dos mais de 46 mil servidores e 17 mil aposentados e pensionistas. 

"Diante disso, a prefeitura manterá cautela, avaliando o cenário econômico e seus impactos no fluxo de caixa", diz a nota.

Atualizada às 13h36.