Os professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região metropolitana podem entrar em greve nos próximos dias. Neste sábado (30) haverá uma assembleia do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) para decidir os rumos do movimento. Os professores estão em negociação de pautas com os donos de escolas. 

"Na última reunião de negociação, os donos de escolas mantiveram a contraproposta anterior, que prevê uma série de itens que retiram direitos históricos dos professores e precarizam as condições de trabalho da categoria. Por exemplo, eles querem acabar com a cláusula da isonomia salarial, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, alterar férias e recessos e retirar bolsas de estudos para parcela expressiva da categoria", informou o Sinpro. 

De acordo com o sindicato, em relação ao reajuste, os empresários ofereceram 5% para a educação básica e 4% para o ensino superior, os índices são bem abaixo da inflação oficial.

“Essa é uma proposta absurda, que desvaloriza o trabalho docente e não reconhece toda nossa dedicação para manter o ensino de qualidade. Vivemos em um cenário de sobrecarga de atividades, de pressão por parte das escolas, de salas de aula bem cheias, de aumento dos preços em geral e de queda na renda. Sem contar que o reajuste das mensalidades superou o índice da inflação, na grande maioria das instituições de ensino. Por isso não aceitaremos retrocessos e vamos ampliar a nossa luta pela valorização profissional”, destacou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas, por meio de nota do sindicato. 

A assembleia será às 14h no auditório do Sinpro. “Ao invés de reconhecer toda a dedicação dos professores e valorizar a categoria, o patronal insiste em retirar direitos históricos e precarizar nossas condições de trabalho e vida. Isso é inadmissível. Vamos ampliar a mobilização e, se for preciso, voltaremos a paralisar as atividades, de forma bem abrangente, assim como fizemos em 2018”, reclama Valéria.