Terceiro ato nacional

Protesto contra Bolsonaro ocorre em BH após superpedido de impeachment

Manifestantes partiram em carreata pelo Centro da capital mineira e encerraram o ato na Praça Sete; movimento contra o presidente ocorreu em várias cidades no país e no exterior

Sáb, 03/07/21 - 17h44
Manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH | Foto: Alex de Jesus/O Tempo

Reunidos na Praça da Liberdade, representantes de centrais sindicais, das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e dos partidos PT, PSTU e PSOL, e manifestantes saíram às ruas no sábado (3) para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Eles fizeram uma passeata pelo Centro da capital e encerraram o ato na Praça Sete. Em várias cidades do país, os protestos se unificaram em defesa da bandeira #ForaBolsonaro.

Uma das coordenadoras das Brigadas Populares, Sil Rosa, chama a atenção para as denúncias de prevaricação que pesam sob o governo federal, em apuração na CPI da Covid, do Senado. Ela destaca, como as principais pautas do movimento, as acusações ao contrato com a Covaxin e, por consequência, a morte de milhares de brasileiros. “Ao privilegiar essa empresa, Bolsonaro foi corrupto, não priorizou a vida, mas o lucro. O atraso na vacinação, o prejuízo à imunidade de rebanho e o tratamento com cloroquina são também outras formas de o governo adotar uma postura genocida e estamos lutando contra tudo isso”, pontua.

O estudante de design Bruno Oliveira, 27, foi com o companheiro, o advogado Victor Almeida, 26, também para demonstrar sua indignação com a forma como vem sendo conduzido o combate à pandemia no país. “Os mortos, a corrupção agora e há muito mais absurdos, como a política de meio ambiente, o extermínio dos indígenas e o desmantelamento da educação superior federal”, destaca o aluno da Universidade Federal de Minas Gerais.

Confira fotos e vídeos do protesto em Belo Horizonte

A professora Karminha Primo, de 74 anos, foi às ruas pela ampliação da campanha de vacinação no Brasil, liberdade de imprensa e consciência da população. “O povo brasileiro não é bobo, o Bolsonaro se dizia tão honesto e, na verdade, estava sendo corrupto no pior momento do país, comprometendo o acesso à imunização da população”, afirma.

A Presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, Valéria Morato, destacou a importância dos apoiadores do movimento irem às ruas nesse momento. “A CPI está levantando os problemas e temos de levar isso adiante. Mesmo tendo que sair às ruas é melhor que se calar diante de um governo que mata o povo de Covid e de fome”, avalia.

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