REGIÃO NOROESTE DA CAPITAL

Quadrilha que assassinou suposto informante na Vila Paquetá está presa

Os quatro suspeitos também eram conhecidos por atormentar os moradores da vila, expulsando desafetos e tocando o terror na comunidade

Por JULIANA BAETA
Publicado em 01 de abril de 2014 | 12:38
 
 

A quadrilha que assassinou um jovem por desconfiar que ele era informante da polícia foi presa e apresentada pela Polícia Civil nesta terça-feira (1°). O bando era conhecido por aterrorizar os moradores da região e os quatro suspeitos apresentados têm históricos de criminalidade na Vila Paquetá.

O líder da quadrilha, Marcos Gomes dos Santos, 38, conhecido como Marquinhos Pulmão, era o dono de um bar no Paquetá e realizava. com frequência, bailes funks no local, regados a bebidas e drogas vendidas pelo próprio suspeito. Havia algum tempo que a polícia visitava o bar e acaba com a festa, o que irritou Pulmão. Ele passou a desconfiar que alguém estaria passando informações para a polícia.

Enquanto isso, Davidson Gonçalves da Silva Oliveira Rocha, 26, era o novo frequentador da vila, já que havia arrumado uma namorada lá. Ele contou aos traficantes da quadrilha de Pulmão que sabia quem estava fazendo as denúncias e apontou alguns moradores da comunidade. A quadrilha foi checar a informação e os moradores negaram, fazendo com que a suspeita fosse voltada para o próprio Davidson.

Foi no dia 11 de dezembro de 2012 que Pulmão, Luiz Felipe Amâncio dos Santos, 21, o Guilde, Paulo Henrique Márcio de Souza, 22, o Baby, e Edson Pereira da Silva, 33, o Macalé, concretizaram o crime. Na ocasião, Baby e Guilde foram ao bar pedir a autorização do Pulmão para executar o suposto delator e pegar as armas. Enquanto isso, Macalé, que seria o gerente da quadrilha, distraía a vítima conversando com ela em frente a um beco, próximo ao bar. Quando a dupla, armada, chegou, Davidson foi executado com oito tiros na cabeça.

Segundo o delegado Telmes Rodrigues Feiten, da 6ª Delegacia de Homicídios Noroeste, a quadrilha também aterrorizava os moradores do bairro, expulsando alguns deles. Em certa ocasião, os suspeitos chegaram a atear fogo no barraco de um morador para que ele não voltasse a Vila Paquetá.

A quadrilha foi indiciada por associação ao tráfico e homicídio com dois qualificadores: motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os suspeitos, que está em prisão preventiva, permanecem detidos enquanto aguardam julgamento.

Histórico de criminalidade

Todos os integrantes da quadrilha têm passagens pela prisão, sendo que Macalé já foi preso por roubo, Baby, por roubo e tráfico, Guilde, por homicídio e Pulmão, por tráfico de drogas e dois homicídios, um pelo qual ele já estava preso desde o dia 15 de janeiro deste ano.

O crime pelo qual ele responde, é o assassinato de Thiago Marques Pereira, 27, ocorrido em fevereiro de 2013. Na ocasião o jovem foi sequestrado e assassinado por ser amigo de um usuário de drogas que devia dinheiro a Pulmão.