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Um sistema eletrônico semelhante ao de um radar para monitorar os condutores que não respeitam o uso de rotativos na capital mineira promete deixar a fiscalização ainda mais rigorosa a partir de novembro de 2019. Depois de um ano da implementação do rotativo digital na cidade, o próximo passo da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) é digitalizar a fiscalização e também a aplicação de multas. Somente nos cinco primeiros meses do ano, o desrespeito ao uso de rotativos na cidade gerou mais de 37 mil multas expedidas pela Guarda Municipal.
Atualmente, o controle do uso adequado do rotativo é feito manualmente por agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar (PM). O que vai mudar, segundo o diretor de Sistema Viário da BHTrans, José Carlos Mendanha, é que um sistema eletrônico executará a tarefa.
“Em um carro com câmeras, um agente da BHTrans e um militar da PM vão percorrer as ruas da cidade monitorando se os veículos estão respeitando o uso do rotativo e o limite de horas de cada vaga”, explica.
A câmera vai ler as placas e montar um banco de dados, que serão analisados pelos órgãos fiscalizadores.
A ideia, segundo Mendanha, é que o sistema verifique também se há queixa de furtos relacionadas ao veículo. “(A fiscalização) Será feita com base no sistema OCR (sigla em inglês para Reconhecimento Ótico de Caracteres), usado em radares inteligentes, para identificar veículos furtados”, detalha.
A BHTrans salienta que o sistema eletrônico será um reforço e não irá substituir a fiscalização presencial realizada pelos agentes.
Mendanha não definiu um cronograma para a implantação do novo sistema, mas garantiu que até novembro ele estará funcionando. “Temos o dinheiro para fazer o sistema ainda neste ano, mas ele ainda está sendo estudado e vai passar por um processo de licitação”, afirmou o diretor.
Infrações. No ano passado, a Guarda Municipal de Belo Horizonte, que, juntamente com a Polícia Militar, é responsável por fiscalizar e penalizar os motoristas infratores, aplicou 72.155 multas por desrespeito ao uso do rotativo. No período de janeiro a maio de 2019, o número de sanções aplicadas por esse motivo aumentou 11,5% na comparação com o mesmo período de 2018. A PM não forneceu seus dados à reportagem.
Em contraposição, a BHTrans informou que, desde que o rotativo digital foi implementado na cidade, o número de condutores que estacionam de forma regular saltou de 18% para 32%.
Além de talão, condutores têm 12 opções de aplicativos
Desde que passou a fazer parte da rotina do motorista de Belo Horizonte, em 26 de junho do ano passado, o rotativo digital virou uma opção a mais para o condutor estacionar nos locais liberados sem ser multado.
Além do rotativo de papel, que, apesar de não ser mais fabricado, continua sendo comercializado por quem tinha estoque, a população pode escolher uma entre as 12 opções de aplicativos de rotativo digital disponíveis para os sistemas Android e iOS.
O valor do crédito dessa modalidade é o mesmo cobrado na folha de papel – R$ 4,40 – e vale pelos mesmos tempos: uma hora, duas horas, cinco horas e 12 horas.
Até mesmo quem não tem um aplicativo instalado no celular pode fazer uso da tecnologia. É o caso do gerente de fazenda Wanderley Alves de Freitas, 62, natural de Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Antes, usava o (rotativo) de papel. Como não tenho o aplicativo no celular, compro o tíquete na banca”, conta o condutor.
Aplicativo no smartphone
Baixe um dos 12 aplicativos cadastrados disponíveis em lojas virtuais, tanto para iOS como para Android. (Clique aqui)
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