ALEGRIA

Samba anima tarde natalina no Alto Vera Cruz

O evento acontece desde 2009 e surgiu da vontade de se fazer um evento musical na comunidade; foram doados mais de 500 brinquedos durante a festa

Por Aline Diniz
Publicado em 25 de dezembro de 2014 | 20:12
 
 
CIDADES BH MG: SAMBA DE NATAL PARA ARRECADAR ALIMENTOS PARA CRIANCAS CARENTES. NA FOTO: RENEGADOFOTOS: DENILTON DIAS / O TEMPO / 25.12.2014 DENILTON DIAS / O TEMPO

A tarde natalina foi de samba e alegria no Alto Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte. Realizado desde 2009, o “Samba de Noel” reuniu pessoas da comunidade e de outras partes da capital mineira. Conforme a organização do evento, o público esperado era de 12 mil pessoas.

Uma das personalidades mais aguardadas do show, o cantor Flávio Renegado, contou à reportagem que o projeto nasceu junto com o lançamento de seu primeiro CD. “Estou honrado em participar do projeto desde o início. Esse ano voltamos a distribuir os brinquedos (para as crianças). Para 2015, tenho muitos projetos com a ONG Rebeldia para o Alto Vera Cruz”, disse o artista.

A palhaça Magrela, interpretada pela artista Deborah Lisboa do Circo Vira Volta, tratou de animar os pequenos com bambolês. “Há uma mistura entre comunidade e asfalto. O samba é alto astral, momento de confraternização”, analisou a artista.

A técnica em segurança de trabalho, Kátia Gomes, 25, escolheu passar a tarde de Natal no Samba porque a família está longe. “O melhor calor é o humano. Minha família mora fora e esse é o meu povo”, disse animada.

Além de Renegado, Robson Batata, Aline Calixto, Gustavo Maguá, Fabinho do Terreiro, Fernando Bento, Michel Salvador, DJ Maurinho Lobo e Thiago Delegado integravam a lista de atração do Samba.

Origem

O Samba de Noel surgiu porque os músicos Robson Batata e Alexandre Gaguinho desejavam realizar um evento de música no Alto Vera Cruz, onde moram, na região Leste da capital mineira. “A nossa comunidade sempre pedia, e o único dia do ano em que eu não trabalho é 25 de dezembro”, conta Batata.

“A cada ano, o crescimento (do evento) nos surpreende. Atualmente, metade das pessoas que participam não é da comunidade”, afirma o sambista Alexandre Gaguinho, parceiro de Batata na iniciativa. Os dois asseguram que irão organizar o evento enquanto “tiverem vida e saúde”