O risco da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central romper ameaça mais um rio de Minas Gerais. Se o acidente acontecer, o rio São João será um dos atingidos. Sendo assim os rejeitos atingiriam ainda o Rio Doce, novamente, já que o São João deságua nele.  A hidrografia de Barão de Cocais é composta por mais outros três rios: o Conceição, o Córrego São Miguel e o rio Una. 

O Estado já viveu um o maior desastres ambiental do Brasil com o rompimento da barragem em Mariana, quando o Rio Doce foi tomado pelos rejeitos e ficou destruído, em 2015. Depois disso o Paraopeba também foi destruído após rompimento de barragem em Brumadinho em janeiro deste ano. 

Em Barão de Cocais, as sirenes tocaram nesta sexta-feira (22), para avisar que o nível da barragem passou para risco 3, o que significa a possibilidade de um colapso na mina Gongo Soco a qualquer momento. 

Desde 8 de fevereiro, cerca de 480 moradores da zona de autossalvamento, mais próximo da barragem Sul Superior, foram retirados às pressas de casa durante a madrugada. Godinho explicou que, devido ao risco de nova tragédia, agora, foi feito um alerta a moradores de aproximadamente 3.000 residências, que ficam na zona secundária, onde a lama chegaria em no máximo 1 hora e 12 minutos, em caso de rompimento.

Para auxiliar esses moradores, sete viaturas do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram deslocadas ainda ontem para fazer uma vigília na região. “Se a barragem se romper, temos condições de retirar todas as pessoas antes de a lama chegar”, afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais. 

De acordo com ele,  neste sábado (23) todos os moradores que estão na zona secundária passarão por treinamentos para saber o que fazer caso ocorra o rompimento. “Pessoas serão treinadas e orientadas para caso aconteça algum rompimento. Elas devem saber para onde se deslocar e quais pontos de encontro seguros”, explicou.

A Vale, responsável pela barragem, informou em nota que está adotando medidas preventivas para garantir segurança da barragem.