Em greve há 15 dias, os servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) fazem nova assembleia nesta segunda-feira (16), na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (Sindpros), os trabalhadores também farão um protesto, às 13h.
De acordo com o Sindpros, a reunião desta manhã ocorre para discutir a notificação judicial recebida no último fim de semana, e que determina a suspensão da greve e retorno imediato às atividades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, até o limite de R$ 300 mil, em caso de descumprimento.
A decisão da Justiça atende a um pedido do governo de Minas e foi expedida no último dia 7 de junho. No entanto, representantes do sindicato alegavam que ainda não haviam sido notificados sobre a decisão, enquanto a Fhemig garantiu que os responsáveis pelo movimento foram notificados pelo próprio Tribunal de Justiça, assim que foi deferida a liminar.
Diante da notificação, a categoria pode deliberar pelo fim da greve nesta segunda. Ainda conforme o sindicato, após a assembleia, os trabalhadores saem em manifestação junto com os servidores da Segurança, marcada para às 13h, na Praça da Assembleia. O ato, segundo o Sindpros, ocorre contra o Governo de Romeu Zema (Novo).
Em nota, o governo de Minas afirmou que tem como diretriz a manutenção permanente do diálogo aberto com todas as categorias, sempre levando em conta as necessidades dos servidores e o importante trabalho prestado por eles ao Estado, e preza pela interlocução direta com as entidades representativas do funcionalismo, prática recorrente nesta gestão.
"Sobre a recomposição salarial para os servidores, o Governo de Minas informa que, embora deseje manter a recomposição salarial das perdas inflacionárias para o funcionalismo a cada exercício, essa definição depende ainda, nesse momento, de equilíbrio financeiro que garanta a disponibilidade de recursos em caixa para que pode ser efetivada, sendo, dessa forma, objeto de estudos permanentes por parte do Executivo", diz o comunicado.
Greve
A greve iniciada em 5 de junho questionava a resolução 10.730/2023, que alterava a jornada de trabalho dos plantonistas. No entanto, o governo de Minas propôs, na última segunda-feira (12), suspender até o fim de junho a norma, enquanto se discute uma alternativa. A proposta foi aceita pelos trabalhadores.
Entretanto, os servidores decidiram pela manutenção da greve até que o governo apresente garantias de que não haverá punições ou perseguição aos trabalhadores que aderiram ao movimento.