Muitas pessoas aglomeradas e sem máscara, essa foi a cena que pode ser vista em um evento de pagode realizado no Mega Space, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite deste sábado (25). Imagens feitas por pessoas que estavam no evento revelam que as medidas sanitárias foram desrespeitadas, apesar da descrição no site de vendas do show destacar que as pessoas deveriam respeitar as regras sanitárias.
Show de pagode tem aglomeração e pessoas sem máscara em Santa Luzia.
Imagens registradas no evento Vai Ter Samba BH, no Mega Space, mostram desrespeito às normas sanitárias. pic.twitter.com/uKhUam8ZEH
O evento Vai Ter Samba BH contou com a apresentação da banda Sorriso Maroto e do Cantor Mumuzinho. Para o show, haviam as opções de compra de mesas para até 4 pessoas e de lounges para até 15 pessoas, mas o que é visto nas imagens é que essa divisão não foi respeitada.
Ainda no site de vendas, os produtores informaram que o evento seguiria todas as normas de segurança sanitárias e que o uso de máscara seria obrigatório. “Será obrigatório uso de máscara para entrar na arena, caso o cliente não possua a produção do evento irá disponibilizar uma descartável”, diz a descrição do evento no site.
Por meio de nota, a Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Luzia informou que a liberação do evento se deu após o primeiro show realizado no dia 21 de agosto, onde se constatou "um declínio no número de contaminações, internações e mortes".
"Durante o espetáculo, painéis eletrônicos anunciavam constantemente a necessidade de observação das precauções sanitárias, o que era reforçado de viva-voz pelos próprios artistas no palco. O problema é que as pessoas, uma vez iniciado o espetáculo, afastam-se das mesas, retiram as máscaras e aglomeram-se para dançar", diz a nota enviada pela Prefeitura de Santa Luzia.
Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, Walderez Drumond, "durante o evento foi procurado no local o responsável, que não foi localizado, e foi lavrada uma notificação, a qual, na ausência daquele, foi assinada por duas testemunhas. Esta notificação será objeto de análise e, possivelmente, dará ensejo à abertura de um processo administrativo".
Também por meio de nota, a produção do Vai Ter Samba informou que a mioria dos participantes respeitou os protocolos sanitários, mas algumas pessoas não acataram ao pedido para a utilização de máscara.
"É importante ressaltar que toda a equipe do Vai ter Samba, composta por pessoas que ficaram quase um ano e meio sem a possibilidade de trabalhar, respeitou todas as determinações municipais. Com relação ao público, a maioria dos participantes respeitou os protocolos, mas, infelizmente, algumas pessoas não acataram o pedido para o uso da máscara e o respeito ao distanciamento social", traz o texto.
A produção se comprometeu ainda a reforçar as ações para o próximo show marcado para outubro, no mesmo lugar. "A produção do Vai Ter Samba destaca que é a maior interessada na continuidade dos eventos, o que só pode acontecer com o controle da pandemia. Ações educativas serão reforçadas nos próximos eventos com o intuito de conscientizar o público que o respeito aos protocolos é um dever de todos", diz a nota.
A reportagem de OTEMPO solicitou um posicionamento da banda Sorriso Maroto e ainda tenta contato com a assessoria de imprensa do cantor Mumuzinho.
Veja a nota da Prefeitura de Santa Luzia na íntegra:
Com relação à aglomeração constatada no evento “Vai Ter Samba”, dos grupos Mumuzinho e Sorriso Maroto, ocorrido no sábado (25) no recinto do MegaSpace, a Prefeitura de Santa Luzia informa, através da Vigilância Sanitária da secretaria de Saúde, o quanto segue:
Contou para a liberação da realização do evento o fato de que, após a realização do primeiro show naquele local, em 21 de agosto último, constatou-se um declínio no número de contaminações, internações e mortes.
Os protocolos de segurança aplicados envolveram distanciamento social através de disposição de mesas para 4 pessoas, nas quais, teoricamente, os presentes deveriam manter-se; uso de álcool em gel (disponibilizado em todas as mesas) e obrigatoriedade do uso de máscaras faciais.
Durante o espetáculo, painéis eletrônicos anunciavam constantemente a necessidade de observação das precauções sanitárias, o que era reforçado de viva-voz pelos próprios artistas no palco.
O problema é que as pessoas, uma vez iniciado o espetáculo, afastam-se das mesas, retiram as máscaras e aglomeram-se para dançar.
Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, Walderez Drumond, durante o evento foi procurado no local o responsável, que não foi localizado, e foi lavrada uma notificação, a qual, na ausência daquele, foi assinada por duas testemunhas. Esta notificação será objeto de análise e, possivelmente, dará ensejo à abertura de um processo administrativo.
Atualmente, só está proibido no município o funcionamento de boites, danceterias e escolas de dança.
Veja a nota da produção do Vai Ter Samba na íntegra:
A produção do evento Vai ter Samba, realizado no último sábado (25), no Mega Space, em Santa Luzia, esclarece que:
- O evento teve duas edições anteriores, respeitando todas as exigências da Prefeitura Municipal de Santa Luzia, que determina a lotação máxima de 50% do espaço, sendo que no Vai ter Samba, apenas 10% da capacidade total do local foi ocupada;
- O evento foi realizado no formato de mesas e lounges com o intuito de manter o público nos espaços delimitados;
- Os produtores atuam há quase 20 anos no segmento de eventos e, cientes da responsabilidade que têm, acompanham constantemente os indicadores da pandemia, tanto em Santa Luzia, que é a cidade que sedia o Vai ter Samba, quanto em Belo Horizonte, que é a origem da maior parte do público. Inclusive, 20 dias após a realização da primeira edição, foi observada a queda de todos os indicadores nos dois municípios;
- Durante todo o evento, vídeos foram exibidos no palco para orientar e solicitar ao público para que cumpra os protocolos, com reforço aos pedidos de respeito ao distanciamento social;
- A produção do evento disponibilizou álcool em gel em todos os espaços;
- Todos os artistas que se apresentaram no Vai ter Samba estão engajados na retomada segura e responsável dos eventos, que só pode ser feita com respeito aos decretos e protocolos.
É importante ressaltar que toda a equipe do Vai ter Samba, composta por pessoas que ficaram quase um ano e meio sem a possibilidade de trabalhar, respeitou todas as determinações municipais. Com relação ao público, a maioria dos participantes respeitou os protocolos, mas, infelizmente, algumas pessoas não acataram o pedido para o uso da máscara e o respeito ao distanciamento social.
A produção do Vai Ter Samba destaca que é a maior interessada na continuidade dos eventos, o que só pode acontecer com o controle da pandemia. Ações educativas serão reforçadas nos próximos eventos com o intuito de conscientizar o público que o respeito aos protocolos é um dever de todos.