Sistema Paraopeba atinge seu pior índice pelo terceiro dia consecutivo

O nível do Sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte, atingiu nesta quarta-feira (30), pela terceira vez consecutiva somente nesta semana, o seu pior índice. Os reservatórios chegaram a 26,4% de sua capacidade, segundo informações da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). 

Na última segunda-feira (28) os reservatórios que compõe o sistema — Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores — chegaram pela primeira vez em seu pior índice ao atingir 26,6% de sua capacidade. Já nesta terça-feira (29) o nível do reservatório voltou a cair, chegando a 26,5%. Ao atingir a primeira marca, a Copasa afirmou que a água armazenada ainda era suficiente para abastecer toda a população atendida pelo sistema até janeiro do ano que vem.

A empresa explicou também que o armazenamento é suficiente mesmo levando em conta "um cenário com ausência de chuvas durante o período e mesmo que os atuais índices de economia de água sejam mantidos por parte da população".

Entre os reservatórios que compões o sistema, a situação mais crítica é do Serra Azul, que chegou a 10,1% de sua capacidade nesta quarta-feira. Na segunda-feira o seu nível era de 10,2%. Apesar disso, o reservatório que apresentou maior queda no nível nos últimos foi o Vargem das Flores, que passou de 25,2% na segunda-feira para 24,8%. Já o reservatório Rio Manso, que estava com 36,7% no início da semana, apresenta nesta quarta .36,4%. 

Ao mesmo tempo, a vazão do rio das Velhas, ainda de acordo com a Copasa, apresentou um aumento de 1 m³/s desde terça-feira, passando de 13,4 para 14,4 m³/s nesta quarta. Procurada pela reportagem, a companhia afastou o risco de desabastecimento da região metropolitana de BH. "A água armazenada nos reservatórios do Sistema Paraopeba é suficiente para garantir o abastecimento de toda a população atendida considerando-se o pior cenário, que seria o de não chover partir do fim do período de estiagem que, na região Sudeste do Brasil, historicamente ocorre entre os meses de abril a setembro", garante.

Rodízio na Zona da Mata

Ainda nesta quarta-feira a Copasa anunciou em sua página na internet a utilização de rodízios nos abastecimentos de três cidades da Zona da Mata. O motivo seria a estiagem dos últimos anos e a diminuição do nível dos ribeirões que as abastecem.

Em Astolfo Dutra, na Zona da Mata, a falta de chuvas baixou bastante o nível do ribeirão Boa Vista, que atingiu nesta quarta uma vazão de 21 l/s, cerca de 70% da vazão normal. Diante do índice, a empresa decidiu então adotar o rodízio, fechando os registros em horários alternados em duas regiões da cidade.

O mesmo ocorre em Ubá, onde as captações dos ribeirões Ubá e Ubá pequeno operam com 46% de sua capacidade, com vazão de 138,91 l/s. O rodízio também foi adotado no município de Visconde do Rio Branco, onde o ribeirão Piedade atingiu nesta quarta a vazão de 70 l/s, 73% de sua capacidade normal. 

Para detalhes sobre os horários em que o abastecimento será afetado nestas cidades, basta clicar AQUI.

Obras

Está prevista para dezembro deste ano a entrega da obra de captação a fio d’água do rio Paraopeba, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, realizada pela Copasa e pelo Governo de Minas Gerais. A estrutura permitirá a captação de até 5.000 litros de água por segundo, garantindo o abastecimento público e propiciando a recuperação dos reservatórios da região metropolitana de Belo Horizonte.

A Copasa também lançou o programa Caça-Gotas, que tem o objetivo de diminuir o tempo de atendimento às ocorrências de vazamentos, o que ajudou a diminuir o desperdício. 

Atualizada Às 16h43