Sul de Minas Gerais

Suspeito de explosão a banco em Itamonte é preso em São Paulo

O homem dirigia um dos veículos que grupo utilizou para cometer o crime. Ao todo nove suspeitos da explosão morreram, além de um professor que era inocente

Por Natália Oliveira
Publicado em 12 de março de 2014 | 17:25
 
 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nessa segunda-feira (10) um suspeito de integrar a quadrilha de assaltantes que trocou tiros com a polícia em Itamonte, no Sul de Minas, no último dia 22 de fevereiro. Marcelo Mariano, 41, estava em um sítio na cidade de Caçapava, no interior de São Paulo, onde funcionava a base operacional de uma quadrilha especializada em explosões de caixas eletrônico.  Um caseiro do sítio também foi preso, no então ele não tem ligação com os assaltos em Minas.

De acordo com a assessoria de imprensa da polícia de São Paulo, Mariano dirigiu um dos veículos que levou a quadrilha para explodir um banco em Itamonte.  No sítio os policiais encontraram 32 bisnagas de explosivos, um cordel detonante, 221 munições calibre 12, 87, cartuchos 9mm, além de um fuzil, uma espingarda, uma carabina 5.5 originalmente usada com chumbinho, mas modificada para receber munição calibre 22 e apreendeu um carro roubado.

Por meio da assessoria de imprensa, o delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular da Delegacia de Investigações sobre Roubo a Bancos que pertence ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo informou que a base tinha uma localização estratégica para assaltos tanto em Minas quanto em São Paulo.

“Utilizando as rodovias, eles conseguiam atingir rapidamente cidades pequenas na divisa de São Paulo e Minas Gerais. O local também não levantava suspeita.”, informou o delegado. A polícia descobriu o sítio depois de seguir Mariano que saiu em um carro roubado de  Itaquaquecetuba , na região metropolitana de São Paulo onde ele morava para Caçapava. “O objetivo era descobrir parte do arsenal do bando, que foi levado na fuga de Itamonte”, contou o delegado.

A Polícia Civil de Minas, informou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar sobre a prisão em São Paulo.  Ainda de acordo com a assessoria, cinco suspeitos estão detidos. Em entrevista ao jornal O Tempo, o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, confirmou o andamento das apurações, mas ainda sem novidades. "São duas investigações correndo, a sobre o fato em si e uma paralela, sobre a morte do professor", disse. A divisão foi feita, segundo ele, para não comprometer ou influenciar os trabalhos dos investigadores.

Relembre o caso

Na madrugada do último dia 22, policiais civis e militares renderam uma quadrilha que explodiu caixas eletrônicos do Banco Bradesco em Itamonte. Nove suspeitos do crime e um professor, que não teve participação no crime, foram mortos.  A quadrilha já era investigada havia três meses e pretendia ainda arrombar caixas em outras três cidades.