Trabalhadores administrativos da UFMG e do Coltec associados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes) aprovaram indicativo de greve sanitária em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (21). A categoria teme os aumentos de casos de Covid-19 e gripe, e a greve começará na próxima quarta-feira (26). As aulas presenciais foram retomadas no dia 3 deste ano.

De acordo com Cristina del Papa, coordenadora-geral do sindicato, como se trata de uma categoria de servidores públicos, o início da greve precisa obedecer uma série de protocolos, como o aviso 72 horas antes do início da paralisação, contabilizadas em dias úteis.

“Por isso, a greve vai começar na quarta-feira. Neste dia, teremos uma nova assembleia quando serão discutidos os rumos da greve. Nossa principal reivindicação são condições de trabalhos nas quais devem ser levado em conta os riscos ambientais e de saúde, especialmente em função do aumento do número de casos de Covid e gripe”, afirma.

Segundo ela, há cerca de 4.000 trabalhadores na UFMG - sendo que um terço está alocado no Hospital das Clínicas - e outros 100 no Coltec. Na semana passada, houve um surto de Covid no Coltec, no qual 18 alunos foram infectados. Além disso, já há duas confirmações da doença entre os servidores - uma no Instituto de Ciências Biológicas e outra na Biblioteca Central, que, inclusive, precisou ser fechada. “Nós queremos trabalhar, mas queremos que isso ocorra de forma segura”, comenta Cristina.

A reportagem entrou em contato com a UFMG e aguarda retorno.