Jaboticatubas

Três dias após motim, detento foge de presídio 

Sistema prisional passa por momento delicado no Estado; superlotação é principal problema

Por josé vítor camilo
Publicado em 20 de março de 2015 | 03:00
 
 
Buscas continuam, segundo Subsecretaria de Administração Prisional Comando operacoes Especiais / Di

Um homem de 31 anos que cumpria pena por tentativa de homicídio e furto fugiu na manhã de nesta quinta do presídio de Jaboticatubas, na região Central de Minas Gerais. “Parece que fugiram dois presos, porque está cheio de viaturas da polícia, helicóptero. Tudo indica que estão procurando alguém!”, afirmou um morador, sob anonimato. A confirmação da fuga de apenas um detento veio da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). A unidade foi palco de um motim na última segunda-feira.

A pasta informou que a fuga foi por volta das 10h, “por transposição de barreiras”. A Suapi informou também que o fugitivo, que não tinha sido recapturado até o fechamento desta edição, na noite desta quinta, estava na unidade desde 10 de março. As buscas continuam.

A Polícia Militar (PM) foi acionada, e a direção geral do presídio instaurou procedimento interno para apurar as circunstâncias da ação do preso.

Tensão no sistema. Na última segunda-feira, detentos do presídio de Jaboticatubas colocaram fogo em pedaços de colchões e roupas, que depois foram jogados em lixeiras da unidade. O motim teve início às 15h e foi controlado rapidamente por agentes de segurança da unidade e pelo Comando de Operações Especiais, segundo a Suapi.

As causas do protesto na unidade – que tem 30 vagas e em dezembro de 2014 em contava com 67 presos – não foram esclarecidas.

Conforme O TEMPO publicou nos últimos dias, além do motim em Jaboticatubas, houve vários outros no Estado desde 10 de março, como no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) da Gameleira, na capital, e de Betim, e em presídios de Divinópolis e de Vazante. Segundo a Suapi, a superlotação motivou a maioria das ocorrências.

Nesta quarta, carta divulgada por presos do Complexo Penitenciário Público-Privado de Neves denunciou a precariedade no local.