Diversos projetos criados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) nos 95 anos de existência da instituição de ensino contribuíram para a transformação da sociedade, para o avanço da ciência e para a consolidação do nome da universidade não só no país, como também internacionalmente. Veja alguns dos principais!

Nanoscópio

O nanoscópio é um instrumento ótico bem mais potente do que o microscópio. O equipamento foi desenvolvido por uma equipe liderada pelo professor Ado Jorio de Vasconcelos, do Departamento de Física da UFMG. 

“Um microscópio é capaz de resolver imagens na escala de micrômetro, ou seja, 1 milhão de vezes menor que o metro. O nanoscópio da UFMG é capaz de resolver imagens na escala de nanômetro, medida 1 bilhão de vezes inferior ao metro”, explicou a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, durante encontro, em 2020, de reitores latino-americanos. A tecnologia está pronta para ser transferida para a indústria.

Vacina contra a leishmaniose

A vacina contra a leishmaniose visceral canina foi concebida pela professora Ana Paula Salles Moura Fernandes, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da UFMG. Segundo a universidade, o produto foi formulado “por um antígeno recombinante que possibilita a distinção sorológica entre os animais vacinados e os infectados”.

O item é o único imunizante contra a doença que recebeu a aprovação do Ministério da Agricultura do Brasil e está disponível no mercado. A vacina pode contribuir para o controle da enfermidade em diversas partes do mundo.

Imunizante contra a dependência química

A chamada “vacina anticocaína” ganhou destaque não só no país, como em várias partes do mundo. A pesquisa foi coordenada pelos professores Ângelo de Fátima, do Departamento de Química, e Valbert Nascimento Cardoso, do Departamento de Análises Químicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia, e se baseia “em um mecanismo caracterizado pelo uso de moléculas estimuladoras do sistema imunológico para tratamento da dependência”, segundo a UFMG.

A patente já foi depositada pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG. A expectativa é que, quando finalizada, a vacina ajude milhões de pessoas no planeta, aliada a tratamentos psicológicos e outras medidas.

Inteligência artificial

Outro destaque dos pesquisadores da UFMG é o diagnóstico de infecção por agentes virais por meio da incidência de luz, desenvolvido pelo professor Juan Carlos González Pérez, do Departamento de Física.

A tecnologia tem como base a combinação de espectroscopia ótica e inteligência artificial, possibilitando a identificação de agentes virais em células por meio da incidência de feixes de radiação eletromagnética. Com isso, é possível fazer a análise simultânea de vírus como zika, dengue e coronavírus, de uma maneira precisa e rápida, sem uso de biomarcadores.

Previsão de incêndios

Pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) da UFMG desenvolveram uma tecnologia que visualiza áreas com maior risco de incêndio no Cerrado brasileiro e preveem a intensidade e a direção de propagação de fogo. 

O estudo leva em conta equações que descrevem o comportamento do fogo em várias condições, além de estimativas oriundas de dados de satélite. O modelo incorpora (descreve no site) focos de incêndio identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Queimadas e publica, todos os dias, previsões relacionadas ao Cerrado.