Gongo Soco

Vale mantém em sigilo nova inspeção em barragem em Barão de Cocais

A nova inspeção é feita por uma empresa alemã, que não teve o nome divulgado

Por Mariana Nogueira
Publicado em 10 de fevereiro de 2019 | 14:37
 
 
Mina do Congo Soco, em Barão de Cocais

Uma nova inspeção que é feita neste domingo (10) na Barragem Sul Superior, situada na Mina do Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central do Estado, é mantida em sigilo pela mineradora Vale.

Por e-mail, a empresa confirmou que autorizou a realização de uma nova vistoria, mas informou que a cobertura da imprensa não está prevista nos trabalhos.

A nova inspeção é feita por uma empresa alemã, que não teve o nome divulgado. Até a emissão de um novo laudo, o risco 2 permanece para a barragem.

A inspeção também é acompanhada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Ao todo, 487 moradores foram retirados de suas casas de forma preventiva após o acionamento de uma sirene na madrugada da última sexta-feira (8) em Barão de Cocais.

Metade das pessoas foram alocadas em hotéis e a outra metade em casas de parentes. A mineradora Vale não justificou por qual razão os trabalhos deste domingo não poderiam ser acompanhados pelos veículos de comunicação.

Já em Itatiaiuçu, na região metropolitana de Belo Horizonte, 95 pessoas foram retiradas de suas casas e levadas para um hotel em Itaúna devido ao risco de rompimento da barragem de rejeitos de Serra Azul.

De acordo com a ArcelorMittal, a ação de evacuação decorre de uma inspeção e auditoria minuciosas da empresa. Não há previsão para que essas famílias retornem às residências e, até o momento, o risco permanece o mesmo. A empresa afirmou que especialistas continuam a inspecionar e analisar as condições da barragem de rejeitos. 

Em Brumadinho, na região metropolitana, militares do Corpo de Bombeiros deram início ao 17º dia de buscas por volta das 8h deste domingo (10). Até o momento, 165 mortes foram confirmadas e outras 160 pessoas seguem desaparecidas. Os trabalhos deste domingo são feitos com 11 aeronaves, 35 máquinas pesadas e 352 militares. Deles, 150 são de Minas Gerais, 64 da Força Nacional, 129 de outros estados e outros nove são voluntários.