A ouvidoria da Prefeitura de Belo Horizonte recebeu, em um mês, 13,8 mil denúncias relacionadas à pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19). Os números foram registrados entre os dias 18 de março e 18 de abril de 2020. Antes da pandemia, o número de denúncias para a Ouvidoria era de 3.500 por mês, em média. 

O subcontrolador de Ouvidoria da Prefeitura, Gustavo Costa Nassif, considerou os números inéditos e explicou como é feito o tratamento dessas denúncias, que são de descumprimento de pessoas ou comércios aos decretos de isolamento social.

“As novas manifestações estão sendo tratadas em regime especial de atendimento, mediante interação permanente com os órgãos municipais responsáveis para sua avaliação, apuração e providências. Em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP), a Ouvidoria buscou agilizar o atendimento das demandas de denúncias de descumprimento das normas do isolamento social, na orientação dos cidadãos e dos estabelecimentos”, afirma Gustavo Nassif, por meio de nota da assessoria de imprensa da prefeitura. 

Segundo texto da prefeitura, um levantamento feito pela Ouvidoria mostra que a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) foi a pasta mais acionada entre meados dos meses de março e abril. Para a secretaria, foram encaminhadas 8.700 demandas para providências relacionadas ao descumprimento das normas de isolamento social vigentes no município

“Ressalta-se que a população de Belo Horizonte se mostrou insatisfeita com o funcionamento irregular ou indevido especialmente de bares, igrejas e call centers. Esses estabelecimentos foram identificados pela Ouvidoria como aqueles com maior incidência, dentre as denúncias recebidas”, destaca o subcontrolador de Ouvidoria por meio da assessoria de imprensa. 

Denúncias feitas à Saúde 

A Secretaria Municipal de Saúde também recebeu, no mesmo período, 273 denúncias em relação à pandemia de Covid-19. “A maioria das manifestações direcionadas à saúde diz respeito aos estabelecimentos que, mesmo autorizados a funcionar, descumpriam as orientações de prevenção e redução dos riscos de contágio, estabelecidas nas normas municipais de combate à atual pandemia”, explica Gustavo Nassif.