Com as lojas fechadas há 73 dias, desde o dia 19 de março, os comerciantes da Galeria do Ouvidor, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, fizeram um protesto, na manhã desta segunda-feira (1) pedindo a reabertura das lojas. O comerciantes da galeria querem ser incluídos no decreto municipal do último dia 22 de maio que autorizou a reabertura, no último dia 25, de atividades comerciais consideradas de baixo risco, incluindo os shoppings populares.
“O objetivo do protesto foi pedir que a prefeitura libere a abertura da Galeria Ouvidor tendo como parâmetro a abertura dos shoppings populares, considerando que temos toda estrutura de distanciamento e de higienização preparadas. Todos os comerciantes estão com graves problemas de caixa para pagamento de aluguéis. de fornecedores, de funcionários e de impostos. Temos na data de hoje 15 (quinze) lojas que fecharam em definitivo e a previsão, se a Galeria continuar fechada, ocorrer mais fechamento de lojas”, lamentou o síndico da galeria Valter Faustino.
O protesto teve 30 participantes para evitar aglomerações e foram utilizados álcool em gel e máscaras. Eles levaram cartazes que destacavam que outros centros comerciais semelhantes a galeria já voltaram a funcionar. Atualmente a galeria conta com 250 lojas e 1.300 funcionários. Os aluguéis variam de R$ 4.000 a R$ 8.000 e estão sendo pagos, descontos e ajustes em função da pandemia estão sendo feitos com os proprietários de cada estabelecimento.
O síndico conta que, até agora 15 lojas fecharam definitivamente e, se a galeria continuar fechada, devem ocorrer novos fechamentos. Uma alternativa para os lojistas não ficarem totalmente sem renda são as vendas online e a delivery, mas segundo o síndico elas não são suficientes. “Hoje cerca de 40 lojas estão efetuando venda online ou delivery, mas isto representa no máximo 10% de uma venda normal”, enfatiza.
Segundo Faustino, desde o último dia 18 de maio, quando o Mercado Central reabriu, os lojistas da galeria se prepararam para reabrir com os cuidados de saúde necessários. A prefeitura foi procurada pela galeria, segundo o síndico.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da prefeitura respondeu que entende “a situação dos lojistas das Galeria do Ouvidor e de todos os demais estabelecimentos comerciais que ainda não podem reabrir na capital, mas nosso compromisso neste momento é o de conter os avanços do coronavírus e preservar a vida de nossos cidadãos. Como a velocidade da transmissão aumentou, impactando nos índices de ocupação de leitos e resultando na mudança de faixa do nível geral para o vermelho, definimos pela manutenção das atividades que foram autorizadas a funcionar na fase 1, iniciada no último dia 25 de maio, e aguardaremos as próximas avaliações para avançar nas fases de flexibilização”, informou.