A empresa AR.Live, de Anderson Ricardo, empresário do cantor Luan Santana, está interessada em comprar 35% da IMX, a empresa de entretenimento do grupo EBX, de Eike Batista, que é sócia do Rock in Rio, faz parte do consórcio que vai gerenciar o Maracanã e atua também no gerenciamento de atletas, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo” .

Ricardo, presidente da companhia de gerenciamento de artistas, afirmou que quer adquirir parte do grupo, mas a IMX informou que desconhece a negociação. Segundo a “Folha”, a AR.Live contratou uma empresa para fazer a avaliação do valor de mercado da IMX. O relatório deve ficar pronto em até 40 dias.

Derrocada. Depois de ser o sétimo homem mais rico do mundo em 2011, Eike Batista enfrenta uma crise em seu patrimônio. Chegou a perder US$ 20 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões), de acordo com informações da revista “Época”. As empresas do seu grupo também não estão bem. A petrolífera OGX anunciou, no começo de maio, acordo para vender participação de 40% nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, que contêm o campo de Tubarão Martelo, além de acumulações Peró e Ingá, na bacia de Santos, por US$ 850 milhões. O acordo foi acertado com a companhia estatal malaia de petróleo Petronas e estabelece que a petrolífera do bilionário continuará como operadora dos blocos.

O que o mercado tem falado é que o empresário construiu o império das empresas X sobre uma base que não era sólida, já que ele não possuía experiência no ramo de petróleo, prometendo metas consideradas altas. Suas empresas não tiveram a capacidade para entregá-las, principalmente a OGX, e agora corre para tentar recuperar a credibilidade com o mercado e reerguer a empresa. Com a fortuna estimada em US$ 9 bilhões, Eike caiu para quinto mais rico do Brasil pelo ranking da Bloomberg.
Em abril, a revista norte-americana “Businessweek” também lembrou que, há um ano, Eike Batista era o homem mais rico do Brasil e tinha o objetivo de ser o primeiro do mundo também. “"Seu porto, que segundo ele seria o terceiro maior do mundo, ainda está em construção, apenas um dos muitos projetos atrasados e metas perdidas”, diz a revista.