Energia

Audiência na ALMG discute venda e fechamento de unidade da Cemig em BH

Central fornece energia para parte da capital e pelo menos outras dez cidades da região metropolitana

Ter, 20/08/19 - 19h48
Celinho Sintrocel | Foto: Ramon Bitencourt

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A possibilidade de venda e fechamento da unidade da Cemig no bairro São Gabriel, na região Nordeste de Belo Horizonte, é discutida na noite desta terça-feira (20) em audiência pública na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Diante da ausência de representante da estatal, os deputados informaram que o presidente da empresa será convocado para prestar esclarecimentos em uma próxima reunião. Uma visita técnica à unidade também será feita pelos parlamentares para ouvir funcionários. 

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) lamentou a ausência de um representante da Cemig na audiência. "É a segunda vez que isso acontece em requerimentos da minha autoria para debater atendimento à população, sobre fechamento de unidades de atendimento. Uma empresa estatal não pode se ausentar de vir ao parlamento dialogar. É nossa tarefa promover esse debate", afirmou a deputada. 

A preocupação sobre o destino da unidade da Cemig no São Gabriel também levou à Assembleia o prefeito de Jaboticatubas, Eneimar Adriano Marques (Patriota). Segundo ele, o município teme que o fornecimento de energia na cidade seja prejudicado. "Isso vai dificultar ainda mais o serviço de atendimento da Cemig para a nossa população, que já sobre bastante com os apagões que acontecem constantemente na nossa cidade", reclamou o prefeito.

A central do bairro São Gabriel atende a demanda do Vetor Norte de BH, Ribeirão das Neves, Confins, São José da Lapa, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Jaboticatubas e outras localidades.

Trabalhadores da companhia e representantes de sindicatos também compareceram à audiência e reclamaram dos impactos da medida para os trabalhadores. Há 30 anos na empresa, o funcionário da Cemig Eduardo Pereira de Almeida Júnior reclamou que a transferência dos profissionais para outras unidades vai causar transtornos por causa da distância e mudança de rotina. 

A reportagem do jornal O Tempo procurou a assessoria de imprensa da Cemig durante a audiência por e-mail e telefone e aguarda um posicionamento.

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