Representante do comércio de Belo Horizonte, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou que compreende o fechamento do setor a partir deste sábado (6), e que vai cumprir a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD). Por causa do avanço da Covid-19, a capital terá que recuar no processo de flexibilização e apenas os serviços essenciais terão permissão para funcionar.

Mas, apesar de entender a medida, a entidade fez uma série de críticas ao executivo. "Lamentamos somente que esse anúncio tenha sido feito menos de 24 horas antes do fechamento. Isso prejudica ainda mais a situação do comércio", pontuou o presidente Marcelo de Souza e Silva. Além disso, reclamou da falta de fiscalização para coibir eventos clandestinos e avaliou que o número de leitos destinados para pacientes infectados com o coronavírus é baixo. 

"Porto Alegre, com um milhão de habitantes a menos que BH, tem quase o mesmo número de leitos de UTI que a nossa capital. Temos 293 e a capital gaúcha tem 278. Curitiba, com 500 mil habitantes a menos, tem mais leitos que a gente - 378", declarou.

"Tem que melhorar a fiscalização. As aglomerações não estão acontecendo em lugares fechados, estão acontecendo em lugares públicos. Se alguém ligar para o 156 para denunciar uma aglomeração, o atendente fala que a vistoria será feita em cinco dias. A fiscalização tem que agir na hora", prosseguiu.

Marcelo de Souza e Silva também quer que a PBH converse mais com as entidades e com o Estado. "Nós podemos colaborar muito", disse.

CDL apoia fechamento do comércio em BH, mas critica pouca fiscalização e falta de leitos pic.twitter.com/GMYa40egdU

— O Tempo (@otempo) March 5, 2021