A escolha do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, nesta quinta-feira (22), foi bem avaliada pelo presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe. Segundo ele, o político tem boa relação com os empresários do setor e é experiente. 

"É um homem público experimentado, governou São Paulo por quatro mandatos e fez boas gestões de maneira muito eficiente no Estado. Ele tem boa interlocução conosco, acho que com boa parte do segmento industrial. Então eu acho que é um bom nome, detém prestígio junto ao governo, é vice-presidente da República, acredito que vai ser positivo para o setor de Indústria e Comércio", disse. 

Roscoe também revelou que vai ligar nesta quinta-feira para o novo ministro. "A gente imediatamente vai entrar em contato com ele para parabenizá-lo", adiantou.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, também gostou do nome de Alckmin e disse que a indústria estará em boas mãos sob o comando do vice-presidente. A recriação da pasta sinaliza "para uma condução firme e engajada da pasta pelo fortalecimento do setor produtivo industrial", disse o presidente da entidade.

Em nota, Andrade disse considerar que o vice-presidente conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento do país e da indústria e sabe o que precisa ser feito para reverter a desindustrialização."O futuro ministro é um político hábil, com a experiência de ter governado o Estado mais industrializado do país e conhecimento do que é necessário para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria", afirmou o presidente da CNI.

Como mostrou a coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo, executivos do setor industrial consideravam que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisaria recorrer a um nome simbólico para a pasta. Na avaliação desses empresários, ao anunciar antes o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), que será presidido por Aloizio Mercadante, o presidente eleito teria invertido a ordem de importância dos cargos, reduzindo o prestígio da pasta.

Josué Gomes, da Coteminas, e que também comanda a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, foram convidados por Lula, mas recusaram.

Alexandre Silveira

O presidente da Fiemg também comentou a possível indicação do nome do senador Alexandre Silveira (PSD) para o Ministério de Minas e Energia. "Esta pasta é fundamental para Minas Gerais. Então, ter um mineiro lá é muito relevante. Acredito também que é uma boa escolha", avaliou. Roscoe lembrou que Silveira tem experiência no setor da mineração e disse que aguarda a indicação de mais nomes do Estado para o novo governo. "Espero pelo menos mais uns três mineiros", afirmou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira, em Brasília, os nomes de 16 novos ministros, que vão assumir os cargos a partir do ano que vem. (com Folhapress)