Tradição

Com 39 anos, Casa dos Contos caminha para uma 3ª unidade 

Dono de um dos restaurantes mais antigos de BH, Edmar Roque tem grupo com quatro unidades

Por Helenice Laguardia
Publicado em 16 de março de 2014 | 03:00
 
 
Sensatez. No negócio de restaurante há 40 anos, Edmar Roque diz que é preciso ter domínio do que faz, ter conhecimento e estar presente Foto: GUSTAVO BAXTER / O TEMPO

Tradicional restaurante de Belo Horizonte, fundado em 1975 no bairro Funcionários, a Casa dos Contos está com uma terceira unidade no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na região metropolitana da capital, pronta para entrar em operação, com 360 lugares – a segunda casa foi aberta há pouco mais de dois meses no shopping Cidade, em Belo Horizonte.

“Queria fazer uma casa que tivesse espaço fora da cidade, propícia para fim de semana, com área para crianças”, explica o proprietário da rede, Edmar Roque, 64, que também comanda outro símbolo da cidade, a Cantina do Lucas, 51 anos, e o Divino Dom, com um ano e meio de vida. Juntos, eles integram o grupo Novo Sul, que fatura R$ 9 milhões por ano e tem 150 funcionários.

Há dois anos, a Casa dos Contos no Jardim Canadá – que está 90% pronta –, não foi aberta por falta de mão de obra. “Hoje, já melhorou essa situação”, diz o empresário. Mas, agora, a questão é outra.

Roque teve um problema de saúde no ano passado, e os médicos orientaram-no a diminuir o ritmo. “Tenho que olhar o meu lado pessoal”, admite Roque, já em forma. Mas, logo depois, ele emenda: “Pode demorar um pouco mais, mas eu quero tocar o projeto (Casa dos Contos no Jardim Canadá)”. A unidade já recebeu um investimento de R$ 700 mil.

Depois de encomendar uma pesquisa a um instituto, Roque não teve dúvidas em colocar o mesmo nome de Casa dos Contos também na nova cria do Jardim Canadá. “Eles apresentaram a marca a 3.000 pessoas junto com outros nomes”, lembra.

Enquanto fala no lugar escolhido para outra unidade da Casa dos Contos, uma pergunta – que ele já deve estar cansado de responder – é inevitável: qual a fórmula do sucesso num setor em que muitos não sobrevivem? “Não existe fórmula”, diz Roque, “mas conceitos, e são basicamente quatro”.

Primeiro é a qualidade, segundo o preço, terceiro a cozinha farta e quarto, a lealdade. “Você adquire a lealdade em função da fidelidade. Se você é leal no produto e no atendimento, aí você pode ter a chance de ter a fidelidade”, filosofa o executivo que criou a maioria dos pratos da Cantina do Lucas e da Casa dos Contos.

Sobre a escolha de um shopping, o Cidade, para abrir uma filial, Roque confessa gostar muito do centro da capital. “Fizeram uma proposta de parceria”, conta, sem revelar o aluguel. O aporte foi de R$ 1,2 milhão. “Espero ter o retorno em três anos a três anos e meio”, acredita.


Aquisições

Dono. Edmar Roque comprou a Cantina do Lucas em 1983, enquanto a Casa dos Contos, ele adquiriu em 1984. No cardápio, o empresário sempre mantém os pratos tradicionais.




Peculiaridades

- - Um garçom ganha de R$ 3.000 a R$ 4.000 entre o salário fixo e gorjetas.O salário médio de quem trabalha em restaurante é de R$ 1.200.

São consumidos 3.500 kg de filé mignon por mês.

- Filet à Parmegiana (R$ 32,50) e Peixe ao Pomodoro (R$ 65,40) são os dois pratos mais antigos da casa, com 50 anos, e servem duas pessoas.


Grandes números

10 mil refeições mensais é a média na Casa dos Contos

6.500 refeições mensais é a média na Cantina do Lucas