Produtor de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, o Grupo Petrópolis – terceira maior companhia de cerveja do Brasil e 11º lugar no ranking mundial em volume de produção, segundo o relatório da Barth Hass Group – está construindo a oitava fábrica da companhia, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O investimento é de mais de R$ 1 bilhão na construção, com a geração de 600 empregos diretos. Com operação prevista a partir de julho deste ano, a fábrica mineira será a maior de todas as unidades do grupo, que emprega 27 mil pessoas.

Eliana Cassandre, gerente de propaganda do Grupo Petrópolis, conta que, atualmente, a capacidade produtiva instalada de todas as bebidas do Grupo Petrópolis é de mais de 40 milhões de hectolitros por ano. “Com a unidade de Uberaba, o grupo contará com a produção de mais 9 milhões de hectolitros de cerveja por ano. Na unidade mineira, serão linhas capacitadas para produzir 256 mil latas por hora e 120 mil garrafas por hora”, explica. De acordo com a executiva responsável pela unidade, a produção vai atender todo o Estado de Minas Gerais e, provavelmente, alguns Estados com embalagens específicas.

Com 14 marcas de bebidas no portfólio – as cervejas Lokal, Crystal, Itaipava (e família), Black Princess (e família), Petra (e família), Weltenburger (e família); as cervejas da Brassaria Ampolis (Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forévis); os energéticos TNT Energy Drink e o Magneto; refrigerantes IT; isotônico Ironage; vodcas Nordka e Blue Spirit Ice; e água Petra –, a produção em Uberaba vai selecionar alguns rótulos. “Prioritariamente, Itaipava, Crystal e Petra e vários outros da linha de cervejas e refrigerantes”, informa Eliana.

O carro-chefe da empresa é a cerveja Itaipava. “Mas também temos a marca de cerveja Petra, que está em constante crescimento no país, e a cerveja Crystal, que tem presença forte no Triângulo Mineiro”, acrescenta.

Minas eleita

A escolha de Minas Gerais se deu por alguns fatores. Um deles é que o Estado detém 13,8% do consumo de cerveja do Brasil. Outro ponto analisado são as questões logísticas por causa do barateamento do frete e fiscal-tributária. “O produto ficará mais competitivo por conta de menores taxas de impostos interestaduais. Atualmente, a cerveja vendida em Minas Gerais é produzida pelas unidades de Boituva, em São Paulo; e Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro”, justifica.

Outro fator analisado é a qualidade da água, que é muito importante para a produção de cerveja, e Uberaba ofereceu isso, além de um pacote de incentivos fiscais.

Uma das premissas do grupo, em todos os lugares que tem fábrica, é ter a água coletada em poços artesianos. “Serão quatro poços com captação de grande profundidade, ou seja, cerca de 200 m de profundidade cada um”, calcula Eliana.

Com mais de 200 centros de distribuição, presença em mais de 700 mil pontos de venda no Brasil, sendo mais de 60 mil deles em Minas Gerais, a visão estratégica do grupo é chegar, até 2022, a todos os pontos do Brasil.

Meta é gerar renda na cidade onde tem a indústria

Em Alagoinhas, no interior da Bahia, onde o Grupo Petrópolis instalou sua fábrica há sete anos, a prioridade foi contratar a maior parte dos funcionários na própria cidade. Não vai ser diferente em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde a empresa está construindo uma unidade industrial. O objetivo da empresa é dar prioridade para a cidade aonde está chegando. A meta do grupo é desenvolver o município, gerar empregos na cidade e ter uma relação próxima com a comunidade.

Por isso, o grupo quer aplicar os projetos ambientais existentes também em Uberaba. O projeto Ama é de reflorestamento e de educação ambiental. Neste ano ou até o ano que vem ele será instalado em Uberaba. Ele consiste no plantio e no cuidado das árvores até que elas consigam sobreviver por conta própria. A educação ambiental é levada para escolas municipais.

O Grupo Petrópolis tem 12 unidades próprias de distribuição em Minas e cinco terceiros, administradas por parceiros comerciais. Com a nova fábrica, o grupo também vai investir na ampliação da rede de distribuição.