A comida a quilo e o prato feito ficaram mais caros em BH entre julho de 2021 e o mesmo mês deste ano, mas variaram abaixo da inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice do IBGE é de 11,89%, enquanto o self-service reajustou em 8,09% e o PF em 10,53% na capital mineira no período.
Os números são de um levantamento do site de pesquisas Mercado Mineiro, realizado entre 27 e 29 de julho deste ano. Conforme o estudo, o marmitex grande e o pequeno variaram acima da inflação nos últimos 12 meses: aumentaram 13,28% e 21,85%, respectivamente.
Há 12 meses, o valor médio do self-service em BH era de R$ 51,68, enquanto hoje é de R$ 55,86. Já o PF saiu de R$ 20,72 para R$ 22,90 em média. O marmitex grande aumentou de R$ 18,83 para R$ 21,33, enquanto o pequeno de R$ 13,81 para R$ 16,83 em média.
O Mercado Mineiro também pesquisou o preço das bebidas preferidas dos clientes na hora da refeição. O copo de 300 miligramas de suco natural de laranja aumentou de R$ 5,57 para R$ 5,69 em média no período, uma variação de 2,14%, bem abaixo da inflação.
Já o refrigerante lata teve seu preço reajustado em R$ 0,18: saiu de R$ 4,96 para R$ 5,14, uma diferença de 3,64%, também bastante aquém da inflação geral do IBGE.
Em todos os casos, tanto de comida quanto de bebida, há uma grande diferença entre os preços dos estabelecimentos da capital mineira. “Temos variações bem significativas no valor do quilo, custando de R$ 16 até R$ 119, uma diferença de 643%, que é justificável pela qualidade. O prato feito, por exemplo, pode custar de R$ 10,99 até R$ 48, uma diferença de 336%”, diz o economista Feliciano Abreu, responsável pela pesquisa do Mercado Mineiro.
No marmitex, a variação entre os diferentes estabelecimentos também chama a atenção: a embalagem pequena é vendida desde R$ 10,50 até R$ 27, diferença de 157%. Já a grande varia entre R$ 10,99 e R$ 46,70, uma disparidade de 324%.
Gás de cozinha tem leve queda
O preço médio do gás de cozinha em Belo Horizonte e região teve uma leve queda em julho deste ano, em comparação aos valores de março. Comparado a janeiro de 2022, porém, o botijão de 13 kg com entrega ficou cerca de 7,5% mais caro e, hoje, chega a uma média de R$ 120,37, de acordo com o novo levantamento do Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (1º).
A opção já começou o ano acima dos R$ 100, em que se mantém pelo menos desde setembro de 2021. Em janeiro de 2022, o botijão custava R$ 112,02. Em março, havia escalado até R$ 123,46 e, agora, diminuiu 2,5%. A alternativa sem entrega seguiu a mesma trajetória de alta seguida por baixa e, hoje, custa, em média, R$ 110,94.
O cilindro de 45 kg com entrega custa, em média, R$ 462,91, também após leve diminuição desde março, mas mantendo o acúmulo de alta desde o início do ano. A opção sem entrega, mais barata, é R$ 444.