Voe Minas Gerais

‘Uber’ da aviação, aplicativo Flapper conecta BH a destinos em Minas

Viagens são feitas por aviões Cessna Caravan e permitem até 20 kg de bagagem

Por Juliana Gontijo
Publicado em 17 de janeiro de 2019 | 03:00
 
 
CEO de Flapper, Paul Malicki, espera chegar este ano a 10 mil clientes transportados pelo aplicativo Foto: Flapper/divulgação

A ideia de compartilhamento de transporte também está presente no setor aéreo. E, neste ano, chegou ao interior de Minas Gerais. A Flapper – empresa de voos compartilhados de táxi aéreo – firmou parceria com o projeto do governo mineiro Voe Minas Gerais, que desde 2016 oferece voos regulares entre Belo Horizonte e municípios do interior do Estado.
 
O CEO da empresa, Paul Malicki, explica que agora os voos do programa estão disponíveis dentro do aplicativo Flapper e no sistema de agências de viagens corporativas, que também integram a plataforma da companhia. “O Voe Minas é um programa bem-sucedido”, frisa ele.
 
O programa atende 17 destinos no Estado. Em 2018, cerca de 3.700 voos foram realizados com 17.400 passageiros. A média de ocupação no período foi de 52%. Em julho, a taxa alcançou pico de 60%.
 
Cada rota tem uma data e um horário fixo de partidas. Os voos são operados pela Two Flex, proprietária da maior frota da Caravan Grand (Cessna Grand Caravan) na América do Sul. O modelo Caravan é considerado particularmente seguro e permite o transporte de bagagem de até 20 quilos por passageiro.
 
Em 2019, a Flapper pretende lançar um programa de fidelidade e oferecer uma opção de assinatura mensal. Os clientes poderão pagar uma taxa fixa para voos ilimitados e ter acesso à fretamentos sem margens adicionais. 
 
Plataforma. Além de Minas, a Flapper possui rotas entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, e as cidades fluminenses de Búzios, Angra dos Reis, e Paraty. No final do ano passado, a empresa abriu vários destinos sazonais como Capitólio (MG), Jericoacoara (CE) e São Miguel dos Milagres (AL). A plataforma tem em seu sistema quase 100 mil usuários cadastrados, e cerca de cem agências de viagens utilizam a plataforma. No ano passado, quase 4.000 clientes foram transportados utilizando os serviços oferecidos pela empresa, que está no mercado desde 2016.
 
Para este ano, Malicki, diz que espera chegar a 10 mil clientes transportados. “Estamos conversando com vários governos estaduais e municipais. Temos um grande mercado a ser explorado no país, cidades que precisam ser interligadas e aeronaves que ainda são subutilizadas”, analisa ele. A perspectiva é que até abril a empresa chegue a marca de 100 voos mensais.
 
O aplicativo está disponível para download gratuito na Apple Store e no Google Play. Pelo dispositivo é possível reservar voos compartilhados na região Sudeste do país e comprar voos fretados em cerca de 180 aeronaves disponíveis no Brasil.
 
Mercado. Segundo Malicki, um voo particular na aeronave mais em conta no mercado entre São Paulo e Angra dos Reis custa cerca de R$ 8.500. Já através do Flapper sai a partir de R$ 780.
 
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