Contagem

DATATEMPO: Marília Campos tem gestão mais bem avaliada do que Lula e Zema

Aprovação da petista chega a 68,6%; e sua desaprovação é menor que a dos dois gestores

Por Gabriel Ronan
Publicado em 17 de abril de 2024 | 06:00
 
 
Gestões de Marília Campos, Romeu Zema e Lula foram avaliadas pela pesquisa DATATEMPO Foto: Daniel Protzner/ALMG, Luiz Santana/ALMG e Marcelo Camargo/Agência Brasil

A prefeita de Contagem, na região metropolitana, Marília Campos (PT), tem a gestão aprovada por 68,6% dos moradores da cidade, mostra pesquisa DATATEMPO. De acordo com o levantamento, o trabalho dela é mais bem avaliado do que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o do governador Romeu Zema (Novo). A DATATEMPO mostra que a aprovação de Lula está em 42,3%, enquanto a de Zema, em 51,6%, ambos bem aquém do índice de quase 70% de Marília.

E a desaprovação de Marília é menor do que a dos outros dois gestores. No caso dela, 25,9% dos entrevistados desaprovam sua gestão – aqueles que não sabem ou não responderam ao questionário somam 5,5%. A desaprovação do presidente é de 51% em Contagem. A do governador, 36,2%. Aqueles que não responderam ou não souberam responder somam 6,7% no caso do petista; e 12,2% no recorte voltado para o político do Novo.

No caso de Marília, os pesquisadores também pediram para o eleitor classificar, em três níveis, a gestão da prefeita. Para 48,8% dos entrevistados, o trabalho dela é bom ou muito bom. Outros 35,8% entendem que é regular. Já 13,1% afirmam que é ruim ou muito ruim. Uma quarta parcela, de 2,3%, não respondeu ou não soube responder. 

O fato de a maioria dos moradores classificar o governo de Marília com positividade acompanha o favoritismo dela na corrida eleitoral. Conforme mostrado na edição de ontem de O TEMPO, a mesma pesquisa aponta que a petista soma 59,4% das intenções de voto, o que daria a ela a vitória em primeiro turno, contra 10,1% de Cabo Junio Amaral (PL), 9,1% de Felipe Saliba (PRD) e 1% de Gustavo Olímpio (PSTU). Brancos e nulos totalizam 11,7%, e aqueles que não sabem ou não responderam são 8,7%.
 
Contexto. Para a analista de pesquisas do DATATEMPO Bruna Assis, o favoritismo eleitoral de Marília anda de mãos dadas com a boa avaliação do seu governo. 

No entanto, Bruna lembra que a prefeita será alvo das campanhas dos adversários quando a propaganda eleitoral começar. Com uma ampla liderança, ela estará “no farol” dos oponentes. “Essa liderança também a coloca no centro das campanhas de seus adversários, o que pode mobilizar eleitores com opiniões menos firmes a favor dela”, afirma.

Em setembro passado, o DATATEMPO divulgou uma primeira rodada sobre a aprovação do governo de Marília. Em comparação à primeira, houve queda na avaliação positiva: de 59,4% para os atuais 48,8%. O índice de desaprovação, porém, se manteve dentro da margem de erro de 3,1 pontos percentuais: de 13,8% para 13,1%. Por outro lado, cresceu o número daqueles que analisam o trabalho da petista como regular: de 25,2% para 35,8%.

Aprovações de Lula e Zema diminuem
Apesar de a maioria dos eleitores de Contagem aprovar a gestão de Romeu Zema, a avaliação positiva dele na cidade caiu em relação à primeira rodada da DATATEMPO: de 63,4% para os atuais 51,6%. Além disso, a desaprovação cresceu de 28,1% para 36,2%. Em Contagem, Zema venceu em 2022, com 47,58% dos votos válidos.
 
No caso de Lula, o cenário se inverteu. Na primeira rodada, 52,8% aprovavam o governo e 41,7% desaprovavam. Agora, 42,3% aprovam e 51% desaprovam. Lula perdeu em 2022 em Contagem, apesar de ter vencido em Minas. No primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) somou 47,76% dos votos válidos, seguido por Lula, com 42,15%. Já no segundo turno, Bolsonaro aumentou sua vantagem para 55,49%, enquanto Lula somou 44,51%.

A analista Bruna Assis crê em um descontentamento geral com a classe política. “Houve uma queda significativa em um curto período. Este é um cenário que também observamos em BH, o que sugere uma diminuição geral na aprovação dentro da região metropolitana”, diz. 

Registro
A DATATEMPO foi contratada pela Sempre Editora e está registrada no TRE (MG-09912/2024). Foram mil entrevistas domiciliares, entre 5 e 8 de abril. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.