O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições presidenciais, nesta terça-feira (11). Em publicação nas redes sociais, o tucano, que ocupa o posto até o fim deste ano, faz uma comparação entre o petista e atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL), apoiado pelo governador Romeu Zema (Novo).
Para Brant, que ressaltou ter votado em Simone Tebet (MDB) no 1º turno, o momento político atual é grave. “Vivemos um momento crucial na história do país. Mais uma vez as eleições presidenciais vão nos encaminhar para direções que podem agravar ou atenuar os gravíssimos problemas que enfrentamos. Sim, nossa situação é grave”, escreve.
“O Brasil não está dando certo e definitivamente não estamos nos trilhos já há algum tempo. As duas candidaturas colocadas não são as da minha preferência. Trabalhei junto com companheiros do PSDB para viabilização de uma candidatura própria que infelizmente foi minada por interesses menores”, escreveu referindo-se a Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul (RS) e sua preferência para concorrer à Presidência pelo PSDB.
Leite chegou a concorrer nas prévias tucanas mas perdeu para João Doria, ex-governador de São Paulo (SP), que depois desistiu da pré-candidatura.
Em uma comparação entre os concorrentes atuais ao Palácio do Planalto, Bolsonaro e Lula, Brant declara que vai votar no petista devido às “melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático”.
“A candidatura Lula, nos evoca lembranças negativas dos governos petistas, mas, pela diversidade do seu arco de alianças, possui em minha avaliação melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático. É portanto a minha escolha, como a de inúmeros companheiros do PSDB. Nesse ponto não podemos tergiversar”, diz.
Em relação a Bolsonaro, Brant, que é do campo da direita, afirma que o atual presidente capturou “pautas legitímas”. “A candidatura Bolsonaro, a despeito de representar uma parcela expressiva da sociedade brasileira no que tange a diversas pautas conservadoras legítimas e democráticas, foi capturada por uma extrema direita radical, que ameaça de fato nossa democracia”, escreve.
Deixando o cargo de vice-governador em dezembro, Brant será substituído por Matheus Simões, vice na chapa de reeleição de Zema neste ano. Zema e Brant romperam a aliança política em março de 2020, quando o tucano de origem desfiliou-se do partido Novo. Nestas eleições, Brant disputou como vice de Marcus Pestana (PSDB).
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