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Ciro aceita dar entrevista a Monark, que defendeu partido nazista

Candidato do PDT criticou Bruno Aiub quando ele se envolveu em polêmica por legitimar existência de legenda totalitária

Por Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2022 | 11:59
 
 
Ciro Gomes vai dar entrevista a Bruno Aiub, o Monark Foto: Montagem sobre fotos de TV Globo e reprodução

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, aceitou o convite para dar entrevista no podcast do youtuber Bruno Monteiro Aiub, o Monark, que se envolveu em uma polêmica no ano passado ao defender a legitimidade da existência de um partido nazista. A entrevista está marcada para as 19h no podcast Monark Talks.

Em fevereiro, quando houve o episódio da defesa de Monark de que era aceitável a existência de um partido que defendesse ideias nazistas, Ciro criticou o youtuber.

"Sob nenhum pretexto se pode defender a criação de um partido nazista. O nazismo é a negação não apenas da democracia, mas da própria vida. Houvesse um pouco mais de leitura e um pouco menos de vontade de chocar, que é próprio da juventude, Monark não teria cometido esse tão grosseiro erro", afirmou na ocasião.

O programa recebia os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP). Durante uma discussão sobre regimes radicais de direita e esquerda, o anfitrião do podcast saiu em defesa do "direito" de ser antissemita. "Eu acho que tinha de ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse.

Tabata Amaral rebateu as afirmações "esdrúxulas" de Monark, citando o holocausto na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, período marcado pelo extermínio de mais de 6 milhões de judeus. Kataguiri, por sua vez, queixou-se porque, segundo sua percepção, defensores do comunismo teriam mais espaço na mídia do que defensores do nazismo.

Após a repercussão negativa, o próprio Monark se desculpou pelo episódio e afirmou que "estava muito bêbado". "Queria fazer esse vídeo para só pedir desculpa mesmo, porque eu errei, a verdade é essa. Eu estava muito bêbado e eu fui defender uma ideia acontece em alguns em outros lugares do mundo, no nos Estados Unidos por exemplo. Mas eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro eu estava bêbado eu falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica e eu peço perdão", disse na ocasião.

Contudo, quatro meses depois, ele disse ter se arrependido de pedir desculpas. "Não foi inteligente da minha parte pedir desculpas. Acho que eu devia ter ficado quieto. O problema de quando você pede desculpa é que você valida a narrativa de que você fez o que estavam te imputando, mesmo que não fosse verdade", afirmou, dizendo que apenas 'vacilou' na forma de se expressar.

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