Eleições 2022

Ciro Gomes defende 'reindustrialização forçada' e 'copia e cola' de tecnologias

Presidenciável do PDT afirmou que caberá ao TSE decidir legalidade de encontro de Bolsonaro com embaixadores 'para difamar, com fake news, o país e as suas instituições'

Por Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2022 | 17:34
 
 
Ciro Gomes é candidato do PDT à Presidência da República Foto: Divulgação

O candidato do PDT à Presidência da Repúblico Ciro Gomes defendeu a ampliação da indústria no Brasil. De acordo com ele, é preciso fazer uma "reindustrialização forçada" para que o país recupere empregos e aumente o capital nacional por meio do Produto Interno Bruto (PIB). Em ocisão anterior, ele já falou em recriar o Ministério da Indústria.

"Se a gente quer responder à questão de voltar a ter empregos qualificados para o povo brasileiro, é preciso propor como eu estou propondo uma reindustrialização forçada do Brasil. Era 34% do PIB brasileiro a indústria, agora caiu de 10%. Eu quero através de alguns complexos industriais que estão todos estudados, retomar com força a indústria nacional brasileira", afirmou.

De acordo com ele, o Brasil é o país que mais destruiu indústrias na história do capitalismo. "Se a gente fecha indústria, como quem mata moscas numa churrascaria de beira de estrada, o desemprego tem uma explicação", disse durante ato de campanha no bairro Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, neste sábado (20). 

O presidenciável criticou a dependência do Brasil da importação de respiradores chineses dirante a pandemia de Covid-19. "É muito simples, a tecnologia já está vendida, não tem mais nada. Se a gente quiser apressar, faz engenharia reversa, copia e cola. Pega as universidades, a garotada", apontou.

Ciro Gomes diz que TSE deve decidir ação do PDT contra candidatura de Bolsonaro

Antes de iniciar o ato, que consistia em uma caminhada, o presidenciável comentou sobre a ação apresentada pelo PDT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contestando a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. 

Na avaliação de Ciro, "caberá ao Tribunal dizer se foi lícito ou ilícito, legal ou ilegal, o presidente da República de uma nação importante do planeta Terra como o Brasil juntar mais de 50 embaixadores para difamar, com fake news, o país e as suas instituições", em referência a encontro em 18 de julho. Ele destacou que também caberá ao TSE decidir de Bolsonaro cometeu crime eleitoral ao usar a TV Brasil, mantida com recursos públicos, para transmitir o conteúdo da reunião.

Ciro Gomes critica Petrobras e taxas de juros aplicadas no Brasil

Ciro também criticou a Petrobras, o montante de lucro da empresa e o pagamento de dividendos aos acionistas. “A Petrobras e o governo brasileiro estão extorquindo a população. De janeiro a março, [a empresa] teve R$ 48 bilhões de lucros e dividendos sem pagar imposto. De abril a junho, distribuiu R$ 88 bilhões de lucros e dividendos. Isto é um crime que foi tirado do bolso do caminhoneiro, do motorista e da dona de casa”, afirmou.

Ele frisou que "o Brasil precisa mudar" ao rechaçar as taxas de juros praticadas no país, citando índices sociais. "Trinta e três milhões de pessoas amanheceram hoje sem ter um bocado pra colocar comida no prato da sua família, 120 milhões de pessoas no país que mais produz comida não serão capazes de fazer as três refeições hoje. De cada dez famílias brasileiras oito estão superendividadas, quase 70 milhões de brasileiros estão humilhados com o nome sujo no SPC”, relatou.

A situação, para ele, "não é porque o povo brasileiro é caloteiro", mas "porque o governo brasileiro há 25 anos cobra a taxa de juro mais imoral e vergonhosa para empobrecer o povo e encher o bucho de luxo e de riqueza de meia dúzia de barões do sistema financeiro brasileiro”.

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