O PDT, sigla do candidato à presidência Ciro Gomes, entrou nesta sexta-feira (19) com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação do registro de Jair Bolsonaro (PL) e a declaração de sua inelegibilidade. 

A campanha do pedetista contesta as declarações e postura do presidente durante reunião com embaixadores realizada em julho, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na ocasião, Bolsonaro voltou a questionar as urnas e atacar o processo eleitoral, sem provas. 

Para o PDT, Bolsonaro abusou do poder político, usando do aparato estatal para organizar a reunião, além de usar dos meios de comunicação para divulgar notícias falsas.

“É inegável que Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral”, afirma o advogado Walber Agra, que representa a sigla. 

O advogado também diz que o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da estratégia de campanha de Bolsonaro. “Há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news”, sustenta na ação. 

O PDT pede ao TSE a cassação do registro de Bolsonaro ou do diploma (caso o presidente seja reeleito). Pede ainda a remoção dos vídeos que reproduzem o discurso do presidente e estão disponíveis no site da Agência Brasil e no canal do Youtube. 

A reunião foi transmitida ao vivo pela TV Brasil e também nos perfis de Bolsonaro nas redes sociais — o PDT também pede a retirada dos vídeos no Instagram e Facebook.

O pedido de registro de candidatura de Jair Bolsonaro será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. O pedido do PDT foi encaminhado para o corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell Marques. 

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