A empresa Palhares Assessoria & Marketing Político Ltda. acusa a campanha do governador e candidato à reeleição Romeu Zema (Novo) de rescindir unilateralmente, nesta sexta-feira (30), um contrato de R$ 970 mil sem pagá-lo. De acordo com a Palhares, apenas uma das três parcelas do acordo teriam sido quitadas. As outras duas, vencidas, respectivamente, em 23 e 29 de setembro, ainda estariam abertas.
Em nota, a Palhares Assessoria & Marketing Político Ltda. afirma que tomará as medidas judiciais “a tempo e modo”. “Mais de 400 pessoas estão sendo lesadas pela inadimplência da referida campanha. O inadimplemento contratual está causando grave lesão à empresa Palhares Assessoria. Em razão disso, a empresa credora protestou em cartório o montante devido, para fins de direito, eis que cumpriu com todas as suas obrigações contratuais.”
De acordo com a Palhares, uma cláusula de confidencialidade impede que o valor da dívida seja revelado. A despesa foi informada em 13 de setembro pela campanha de Zema ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como “serviços prestados por terceiros”. A empresa foi responsável por planejar, orientar e treinar pessoal para panfletagem em regiões conforme o perfil do eleitorado. O contrato foi o maior firmado pela campanha com uma única empresa.
Até agora, conforme o relatório financeiro enviado pela candidatura ao TSE na última quinta-feira (29), a campanha de Zema contratou, ao todo, R$ 4.326.129 em serviços de terceiros. O mesmo documento registra que, deste montante, R$ 582.500 ainda não foram quitados. A Palhares alega que a rescisão unilateral, realizada na mesma data do término do contrato, foi executada “com argumentos sem fundamento”.
Questionada por O TEMPO, a campanha de Zema, por sua vez, afirma que o contrato foi rescindido porque a Palhares Assessoria & Marketing Político Ltda. não conseguiu entregar os serviços com os quais se comprometeu. "Até o momento, a empresa não comprovou ter prestado o serviço. Caso isso ocorra, a campanha efetuará o pagamento imediatamente", concluiu.