Marcio Cadar, CEO da MBK - empresa especializada em finanças estruturadas, que cuida da reestruturação de dívidas, estruturação de captação de recursos e mercado de capitais - avaliou que agora o gverno de Romeu Zema vai ter que mostrar que consegue governar Minas Gerais.
“Eu entendo que nos últimos 4 anos foi de arrumação da casa. A campanha foi toda baseada no fato de que eles ficaram 4 anos arrumando a casa. Espero que o governo de Minas avance os projetos que Minas tem que fazer, avance com todas as propostas de crescimento que Minas Gerais precisa e aí a gente consiga ter um governo que pare com esse discurso de arrumar a casa e passe a um discurso de gestão para o crescimento. Eu acredito que isso vai acontecer porque eu gosto muito das pessoas que estão envolvidas dentro desse governo e acho que são pessoas sérias”, analisou Cadar.
Segundo turno
Quanto ao segundo turno, Cadar acredita que Bolsonaro vai transferir alguns votos de Simone Tebet e Ciro Gomes.
“Eu acho que dá Bolsonaro no segundo turno por uma margem apertada justamente porque a Simone e o Ciro não vão conseguir a maioria dos seus votos para o candidato Lula. Eu acredito que o Ciro vai apoioar o Bolsonaro e a Simone vai apoiar o Lula”, opinou Cadar, para quem a eleição do segundo turno será muito apertada.
Legislativo
Cadar chama a atenção para as eleições de deputados estaduais e federais.
“Vale ressaltar que o legislativo varreu a esquerda do parlamento. Na Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, a esquerda foi praticamente varrida dessas casas. Daí já dá uma ideia de que num eventual governo do PT, a dificuldade que eles vao ter para governar. E num eventual governo do Bolsonaro vai ter facilidade de aprovar a agenda liberal e a agenda progressista que ele tanto prega”, aposta o executivo.
Sobre a reação do mercado financeiro nos próximos dias, Cadar acredita que o mercado já precificou os dois postulantes à Presidência da República.
“Eu acho que já está tudo precificado. O mercado gosta do Meirelles e Lula deve se apressar em anunciá-lo como futuro ministro. Por mais paradoxo que possa parecer nesse momento, o Brasil é um dos países mais estáveis no mundo nesse momento”, avalia Cadar.