Para bailar

Carlos Bolívia e os Médicos Cubanos estreiam com show neste sábado, em BH

Projeto mescla ritmos latinos e mostra influências de países como Brasil, Bolívia e Peru

Sáb, 17/08/19 - 03h00
Do samba ao carimbó, passando pela cumbia, Carlos Bolívia integra diferentes bandas | Foto: Área de Serviço/Divulgação

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Em 2018, o inquieto Carlos Bolívia, integrante do Djalma não entende de Política, da Orquesta Atípica de Lhamas e do bloco de Carnaval Juventude Bronzeada, recrutou músicos dos três grupos para embarcar em uma nova aventura sonora. Após meses de ensaios e gravações, em abril deste ano, o projeto, batizado num misto de provocação e afirmação da latinidade de Carlos Bolívia e os Médicos Cubanos, ganhou as redes sociais com o lançamento do primeiro single, “La Cumbita”. 

Na sequência, saíram as músicas “No Quiero Tretar”, “É Preciso Estar Atento e Top”, “Valsa de Março” e, por último, o carimbó “O Que Tem Pra Hoje”, que foram registradas também em videoclipes assinados pelo artista audiovisual Gabriel Martins. 

Hoje, aquilo que se escutou apenas pela internet poderá ser visto ao vivo, pela primeira vez, no show que promove o lançamento de Bolívia e sua turma. “Como sou músico independente, usei a estratégia de primeiro divulgar as músicas pelas redes para as pessoas conhecerem, e depois deixar o palco coroar esse processo”, conta.

O repertório da apresentação inaugural de Carlos Bolívia e os Médicos Cubanos, que inclui um cover surpresa de Gonzaguinha e uma cumbia peruana “das antigas”, também passa pelos trabalhos do músico nas duas bandas das quais faz parte. Ou seja: vai ter samba, cumbia, carimbó e “otras cositas” que influenciam a carreira desse filho de pai boliviano e mãe brasileira que chegou a Belo Horizonte ainda criança. “Transito por vários estilos, não existe uma amarra”, define o músico, que canta e toca guitarra na empreitada com os Médicos Cubanos.

Essa mescla recebe, ainda, três temperos essenciais, como o próprio Bolívia explica: “A estética tropical tem a ver com a minha origem, o bom humor é uma característica que trago do Djalma, e o posicionamento político antifascista é explícito, mas tento não ser panfletário, quero falar sobre o que está acontecendo e tentar sensibilizar as pessoas sem doutriná-las”.

O show terá a participação das cantoras Laura Lopes, da Orquesta Atípica de Lhamas, e Drica Mitre, do Djalma Não Entende de Política, além da clarinetista Mariana Diniz, do bloco Sagrada Profana. O Minimalista, trabalho solo do cantor e compositor mineiro Thales Silva, que integra o grupo A Fase Rosa e é parceiro de Bolívia no Juventude Bronzeada, fará a abertura da noite. “De alguma forma, esse show sintetiza o aprendizado que tive com essas pessoas”, comenta Bolívia.

Agenda

O quê. Carlos Bolívia e os Médicos Cubanos + Minimalista.

Quando. Neste sábado (17), às 22h (abertura da casa).

Onde. A Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Savassi).

Quanto. R$ 20.

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