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Centro de Referência da Moda agora é Museu da Moda

No dia 5 de dezembro será inaugurado o que vem a ser o primeiro museu público do tema no Brasil

Por Lorena K. Martins
Publicado em 26 de outubro de 2016 | 18:30
 
 
Divulgação / Alexandre Lopes

Muita gente provavelmente não deve saber, mas desde 2012 Belo Horizonte é reconhecida oficialmente como a capital da moda, decretado em lei pelo prefeito Marcio Lacerda. Tornar esse título um conhecimento, mesmo que um pouco tardio, para todas as pessoas é um dos objetivos a partir de agora para o Museu da Moda de Belo Horizonte (Mumo) que vai inaugurar no dia 5 de dezembro o primeiro museu público do tema no Brasil.

O local não é desconhecido na cidade. Trata-se da edificação de 1914, localizada entre a rua da Bahia com a Avenida Augusto de Lima, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG). Por lá funcionava desde novembro, também de 2012, o Centro de Referência da Moda (CRModa) e que agora troca de roupagem para ser um museu e, com o novo nome, mobilizar ainda mais as iniciativas e memórias que carregam a moda mineira. “Ao longo desses quatro anos de CRModa, percebi a necessidade e a importância de apresentar a memória da moda, até para se ter uma influência no futuro. A memória merece registro para inspirar”, acredita a gestora do museu Marta Guerra.

Batendo na tecla da importância da memória afetiva e da conversação, Marta ainda acredita que a transformação do centro em museu tem um peso importante no mercado mundial. “Chama mais atenção, principalmente por conta do acervo. Belo Horizonte tem cinco centros universitários de moda e para o mundo acadêmico é importante se ter um local onde elas podem estar trazendo pesquisas e proporcionais mais trocas”, revela.

Inauguração. O Mumo ainda vai contar com debates, seminários, oficinas e exposições a cada seis meses, sempre com curadores e convidados. A principal missão, entretanto, é difundir acervos diferentes à moda para a cidade. “Esperamos criar convênios com museus de outros países, como Portugal e Espanha, para trazer exposições internacionais. Vamos lançar também Editais de Ocupação para pessoas que desejam em trazer algum projeto”, disse.

A primeira exposição, marcada para o dia 5 de dezembro, logo na estreia, é sobre a história da indústria têxtil em Minas Gerais, em parceria com a Cedro e curadoria do arquiteto Pedro Lázaro, que ficará no museu até maio do ano que vem.