Com piano tocado a 10 mãos, PianOrquestra revela lado mágico do instrumento

O piano tem 220 cordas e, se tocado a dez mãos, torna-se uma orquestra, um instrumento de inúmeras e, por vezes, misteriosas possibilidades. Revelá-las é a intenção de Cláudio Dauelsberg, Amanda Kohn, Nathália Martins, Verónica Fernandes e Mako, integrantes do PianOrquestra, grupo carioca que chega a Belo Horizonte hoje com “Timeline”.

O concerto, no Cine Theatro Brasil Vallourec, é multilinguagem, nova proposta do quinteto. “O que fizemos agora foi construir um show com conceito de espetáculo, que junta música, dança, tecnologia, artes visuais e audiovisual e convidamos o público a fazer uma viagem pelo tempo”, destaca Dauelsberg, diretor musical do grupo. 

Essa jornada entre o pop e o erudito tem a trilha sonora de Villa-Lobos, Beatles, Arvo Pärt, Pixinguinha, Michael Jackson e Queen. Mesclar diferentes estilos foi uma tática para ganhar o público e comunicar com diversas plateias. “Nesse momento tão difícil do Brasil, a gente fica muito feliz de ver as pessoas saindo do show de alma lavada”, conta.

A música de Minas, de Milton Nascimento e Toninho Horta, também entra nessa escalação. “O repertório de Minas cabe muito bem para o PianOrquestra e tem um papel importantíssimo na música brasileira. A sofisticação harmônica e melódica não veio do Rio ou da Bahia, mas de Minas”, completa Dauelsberg. 

Quando os cinco músicos abrem e tocam as “vísceras” do piano, uma projeção apresenta esse mundo fascinante de sons tão distintos que alguém pode pensar estar escutando um cavaquinho. “Timeline” tem a ver com a linha da vida, a linha das cordas do piano e com o tempo “que é mínimo, líquido, relativo e precioso”.

Agenda

O quê. PianOrquestra apresenta “Timeline”
Quando. Hoje, às 21h
Onde. Cine Theatro Brasil Vallourec (av. Amazonas, 315, centro)
Quanto. R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira)