Minas Gerais

Exonerada do Iphan, Célia Corsino passa a integrar o governo Zema

Museóloga havia sido exonerada pelo governo Bolsonaro do cargo federal, e foi substituída por um cinegrafista ligado ao PSL, que já pediu demissão

Sex, 18/10/19 - 21h33
Célia Corsino é museóloga especializada em Metodologia do Ensino Superior | Foto: TV Globo/reprodução

A ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Célia Corsino, assumirá a Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). A museóloga havia sido exonerada do órgão federal e substituída por um cingrafista ligado ao Partido Social Liberal (PSL), que, poucos dias depois, pediu demissão.

Ela foi convidada pelo secretário Marcelo Matte para chefiar a Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais de Minas Gerais, que integra a Subsecretaria de Cultura, comandada por Rute Assis. A posse ocorrerá em até 30 dias a partir da data da nomeação, que ocorreu no dia 10 de outubro após os trâmites necessários para a contratação.

“Célia é uma profissional extremamente qualificada, com diferentes especializações e forte atuação em projetos voltados à preservação do patrimônio e à gestão de espaços museais. Minas Gerais ganha muito com sua vinda para a Secult, já que ela traz uma experiência sólida na área cultural e poderá conduzir os projetos da superintendência com todo o rigor técnico e sensibilidade necessária ao setor”, disse Matte.

Polêmica

No final de setembro, o governo federal exonerou Célia Corsino do cargo de chefia da superintendência do Iphan em Minas Gerais, onde estava desde 2015.

Então, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, nomeou um cinegrafista da Câmara Municipal de Juiz de Fora para o posto. O novo superintendente indicado pelo governo de Jair Bolsonaro, Jeyson Dias Cabral da Silva, também já foi assessor do ex-vereador e hoje deputado federal Charlles Evangelista (PSL).

O rumor da mudança de chefia no Iphan já estava rondando o meio há alguns dias e, antes mesmo da exoneração se confirmar, prefeitos de cidades históricas, como Ouro Preto, Diamantina e Congonhas, já se mobilizavam enviando ofícios para o ministério pedindo a permanência de Célia. 

Em conversa com O TEMPO, Jeyson Silva explicou que se formou, em 2003, em História e Geografia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, e um ano depois fez pós-graduação em geografia e gestão de território na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A insatisfação do meio cultural e a crise interna no PSL fizeram com que o cinegrafista nomeado pelo governo federal desistisse, nessa quinta-feira (17), de assumir o posto

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