Música

Luiza Brina lança terceiro disco

Show de apresentação do novo (e autoral) repertório da artista mineira acontece hoje, no palco do Teatro Sesiminas

Por Patrícia Cassese
Publicado em 21 de setembro de 2019 | 03:00
 
 
A mineira Luiza Brina, que também integra o grupo Graveola, lança seu terceiro disco hoje à noite nadja kouchi/divulgação

Uma bela interpretação de “Queremos Saber”, composta em 1976 por Gilberto Gil, é a única releitura presente em “Tenho Saudade Mas Já Passou” (Matraca Records / YB Music), terceiro disco da cantora e compositora Luiza Brina, 31, que será lançado hoje, no Teatro Sesiminas. As demais faixas do álbum – que tem produção de Fernando Rischbieter – são divididas com parceiros como Ronaldo Bastos (“Acorda Para Ver o Sol”) e Ceumar (“Como Será que a Música Começa”).

Não bastasse, Luiza também compôs com expoentes de sua geração, como Júlia Branco (“Quero Cantar”), César Lacerda, diretor artístico do álbum (“De Cara”) e Thiago Amud (“Estrela Cega da Turquia”, inspirada no drama dos migrantes, e, em particular, a partir da foto de Alan, o garoto sírio cujo foto de seu corpo inerte, na praia, comoveu o mundo em 2015). 

O título do álbum brinca com a reverência que a artista presta ao passado, ao mesmo tempo em que não se furta a olhar para o futuro. “É uma homenagem à canção feita no Brasil”, diz a moça, que não esconde sua admiração por nomes como o da gaúcha Adriana Calcanhotto (“não só como compositora, mas pela maneira como ela estuda a canção”).

Em tempo: a inclusão da música de Gil também deve-se a uma paixão que vem de anos. “Sou muito fã da obra dele, que há tempos me dedico a estudar. Os arranjos de violão que faz, são impressionantes. E essa música, que foi gravada inicialmente pelo Erasmo Carlos e, num outro momento, pela Cássia Eller, faz parte do que chamo de ‘repertório de casa’, o que gosto de tocar entre amigos”, explica Luiza, acrescentando que, apesar de já contabilizar mais de 40 anos, a letra segue atualíssima. 

Já do novo repertório, ela conta, por exemplo, que a letra de “Quero Cantar”, de Júlia Branco, foi composta originalmente em inglês. “Depois entendi que queria cantá-la em português”, narra. “A letra fala dos desafios de ser mulher e artista no Brasil”. A gravação contou com Lay e Lio Soares, da banda Tuyo, que, aliás, vai participar do show. Também estarão no palco os músicos que acompanharam Luiza no estúdio, ou seja, Yuri Velasco, na bateria, e Davi Fonseca, no teclado. Cumpre dizer que o petardo já foi lançado no Rio de Janeiro e, há poucos dias, em Lisboa e na Catânia, na Sicília. Luiza Brina acrescenta que o show terá vídeo-cenário concebido por Sara Lana e Flávia Mafra.

Agenda
Onde. Sesiminas (rua Padre Marinho, 60)
Quando. Hoje, às 20h30
Quanto. R$ 20 (inteira), na bilheteria ou no site