Por esta o presidente Jair Bolsonaro não esperava. Ele deve assinar o diploma e pagar metade dos € 100 mil (cerca de R$ 460 mil) dados pelo Prêmio Camões de literatura ao cantor Chico Buarque, que é militante do PT.
De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, o diploma, assinado pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegou ao Palácio do Planto, em Brasília, para Bolsonaro assinar e mandar de volta para Lisboa.
O documento, em três vias, está no gabinete do ministro Osmar Terra, a quem a Cultura está subordinada.
Chico Buarque foi escolhido por unanimidade pelo júri formado por representantes de Brasil, Portugal, Moçambique e Angola. O prêmio será entregue em uma cerimônia em Lisboa.
O Prêmio Camões foi criado em 1988 e é considerado o principal prêmio da literatura em língua portuguesa. Chico é o 13º brasileiro a levar a honraria, que premia escritores pelo conjunto da obra com € 100 mil.
Censura
Na semana passada, o Itamaraty censurou a exibição de um filme sobre a vida e obra do cantor no Uruguai. A obra seria exibida no “Brazil Film Festival 2019”, que acontece em outubro e, entre outros, é patrocinado pela Embaixada do Brasil no país.
Nesta quinta-feira, 19, Chico Buarque visitou o ex-presidente Lula na carceragem da Superintendência da PF em Curitiba. Após o encontro, o cantor pediu sua liberdade.
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