Uma versão condensada do que aconteceu neste ano na 18ª edição da Mostra Tiradentes tem início amanhã, no Sesc Consolação, em São Paulo e segue até domingo. O festival vai exibir 29 filmes, entre 12 longas e 17 curtas-metragens. Um dos destaques, que marca a abertura da programação, é “Mais do que Eu Possa me Reconhecer” (RJ), de Allan Ribeiro, eleito melhor filme da Mostra Aurora pelo júri da crítica.

Serão também projetados outros seis trabalhos, que fizeram parte dessa sessão competitiva, conhecida por revelar novos realizadores. São eles “A Casa de Cecília” (RJ), de Clarissa Appelt; “Medo do Escuro” (CE), de Ivo Lopes Araújo; “O Signo das Tetas” (MA), de Frederico Machado; “Ressurgentes: Um Filme de Ação Direta” (DF), de Dácia Ibiapina; “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (ES), de Rodrigo de Oliveira; e “O Animal Sonhado” (CE), de criação coletiva.

“Viaja também para São Paulo as três grades de curtas do projeto. Há uma específica que representa um pouco da produção da capital paulista, o que atende a ideia de se criar uma aproximação com o cenário de lá. Haverá também a exibição de algumas produções inéditas, como ‘Dois Casamentos’ (RJ), de Luiz Rosemberg Filho e ‘A Revolução do Ano’ (SP), de Diogo Faggiano”, acrescenta Raquel Hallak, coordenadora da Mostra Tiradentes SP.

Neste ano, o tema em debate na cidade histórica de Minas Gerais foi “Qual o lugar do cinema hoje?”. De acordo com Hallak, o mesmo recorte vai guiar outros encontros entre cineastas e os curadores, Cléber Eduardo e Francis Vogner, neste segundo destino do evento.

“Nós estamos levando transcrições do que aconteceu em Tiradentes para que os bate-papos em São Paulo consigam aprofundar e ir além do que já foi discutido”, observa a organizadora. Ela também ressalta a maneira como a iniciativa amplia espaços de circulação do audiovisual. “Em tempos de escassez de salas de cinema, o festival consegue abrir espaço para criações contemporâneas, que precisam disso”, diz.