Domingo é dia de rock. E não é qualquer rock, não! O Grande Teatro do Palácio das Artes recebe uma das maiores óperas do mundo voltadas ao gênero: “Tommy”, do The Who. Lançado por Peter Thousand em 1969, o álbum/história ganhou versão no cinema, nos palcos e é considerado, até hoje, uma das obras mais importantes do rock.

Desde 1995 rodando o mundo, a montagem britânica da ópera rock chega ao Brasil com a promessa de entregar ao público mais do que um concerto de rock, uma experiência sensorial que une música, encenação e efeitos visuais – projeções de tela e iluminação de palco. “Nossa expectativa é fazer uma apresentação brilhante para o público, especialmente para os fãs do The Who”, fala o diretor Alan Veste. “Queremos que o público se divirta.”

“Tommy” conta a história de um garoto que fica cego, surdo e mudo, após presenciar uma tragédia familiar e ser obrigado a fingir que nada aconteceu. Tommy cresce recluso, abusado e tem uma visão que o leva a uma jornada de autoconhecimento e consciência espiritual. Psicodelia, sociofobia e revolta marcam a vida do protagonista e ditam a sonoridade do álbum. 

A ópera rock tem versão cinematográfica dirigida por Ken Russell e lançada em 1975, época em que o glam rock estava em alta. Com visual bem marcado dessa época, o filme “Tommy” pega carona no sucesso de “Jesus Cristo Superstar” (1973), inspirado na ópera rock homônima lançada em 1970. 

A história de Tommy é contada ao público na primeira metade da apresentação. “Depois, na segunda metade, apresentamos canções do ‘Lifehouse Chronicles’, que vem do álbum ‘Who’s Next’”, explica Veste. O “Who’s Next” foi inicialmente pensado por Thousand para ser uma sequência da ópera rock “Tommy”, mas o projeto não seguiu adiante nos anos 70, sendo retomado pelo músico somente em 2000.

“Quem for ao show vai ver alguns dos músicos mais fantásticos do Reino Unido e da Europa”, fala Veste. “Eles estão levando essa história para a plateia, que vai curtir muito. É um belo show de rock”, garante. 

The Who abre uma década efervescente 

“Tommy” (1969) foi uma das primeiras óperas rock a serem lançadas. No mesmo ano, o The Kinks traz “Arthur” e, em 1970 chega “Jesus Cristo Superstar”. David Bowie lança a obra-prima “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars” em 1972. Em 1973, Peter Thousand apresenta sua segunda ópera rock, “Quadrophenia”, que se transforma em uma experiência cinematográfica em 1979, pelas lentes de Franc Roddam. Ainda em 1973, Lou Reed conta um romance trágico em “Berlin” e, em 1975, o Queen causa furor com “Bohemian Rhapsody”. Encerrando bem a década, o Pink Floyd traz “The Wall”, um dos maiores álbuns de todos os tempos. 

Agenda

O quê. Ópera rock “Tommy”, do The Who

Quando. Domingo, dia 17, às 19h

Onde. Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537)

Quanto. De R$110 a R$ 300

Mais informações: fcs.mg.gov.br ou ingressorapido.com.br