Cinema

'Toy Story 4': Nova aventura de Woody e Buzz chega aos cinemas de BH

Marco Luque, que dubla o personagem Patinho, fala sobre a franquia

Qui, 20/06/19 - 03h00
Garfinho, novo personagem animado por um brasileiro | Foto: Disney/Divulgação

Foi com “Toy Story” que a parceria entre Disney e Pixar teve início, em 1995. Acostumado às animações tradicionais da companhia, muitas baseadas em contos de fadas, o público adorou a novidade. Afinal, quem imaginaria uma história em que brinquedos são os protagonistas e despertam quando não há pessoas por perto? “Toy Story” entrou em cartaz para fazer história ao conquistar crianças e adultos e ao puxar uma união que, embora conturbada, rendeu títulos que marcaram o cinema. 

A Pixar nasceu no fim dos anos 70, como uma divisão da LucasFilm, para executar animações em computação em 3D para diversos filmes. Em 1986, ela foi comprada por ninguém menos que Steve Jobs, da Apple. Com o visionário Jobs, a Pixar se tornou grife, e os trabalhos com a Disney lhe deram visibilidade. A parceria, porém, teve disputas de direitos criativos, royalties, direitos de distribuição... Nada disso, porém, impediu lançamentos como “Vida de Inseto” (1998), “Monstros S.A.” (2001), cuja premissa é sensacional, e “Procurando Nemo” (2003). 

A emocionante aventura do peixe-palhaço Marlin atrás de seu filho, Nemo, levou a animação a ser vista com outros olhos, não só pela crítica, mas também pelo público adulto. Ao focar os laços entre pai e filho, “Procurando Nemo” levou muito marmanjo às lágrimas – algo que se repetiria ao longo dos anos com outros longas de sucesso. 

Diferentemente dos filmes em 2D que fez solo, os títulos que a Disney assina com a Pixar não entregam ao público histórias de princesas arrumadinhas, nem que amenizam temas como a morte e os medos, sejam eles da infância ou não. “Valente” (2012), por exemplo, traz uma protagonista que é o oposto da personagem clássica da Disney. 

Após “Procurando Nemo”, a Pixar, com a Disney, iniciou ainda mais duas franquias, “Os Incríveis” (2004) e “Carros” (2006), antes de partir para três grandes produções. A primeira delas, “Ratatouille”, lançada em 2007, logo após a aquisição da Pixar pela Disney ser completada, ganhou o Oscar ao trazer a história de um ratinho cozinheiro que animou Paris. Em 2008, veio outro vencedor do Oscar, “Wall-E”, cujos primeiros minutos, sem fala, conquistaram o coração do público e da crítica, mesmo que o desenrolar da trama não seja, assim, tão genial. 

“Up! Altas Aventuras” (2009) segue a mesma linha, com cenas que fazem muita gente chorar. A trajetória do viúvo Fredricksen – aqui, maravilhosamente dublado por Chico Anysio – apresenta ao público outro bom roteiro com uma história original e cenas inesquecíveis, acompanhadas de trilha sonora impecável.

A Disney/Pixar segue sua produção a todo vapor, algumas bem-sucedidas, como “Divertida Mente”, outras nem tanto, como “O Bom Dinossauro”, ambas de 2015. Recentemente, “Procurando Dory” (2016), “Coco” 
(de 2017) e “Os Incríveis 2” (2018) renderam boas bilheterias. Certamente “Toy Story 4” vai estar neste time. 

"É um projeto incrível", diz Marco Luque

Toy Story 4” dá sequência às aventuras dos brinquedos Buzz e Woody, desta vez sob a tutela de Bonnie. Andy, o garoto que cresceu sob os olhos do público, durante os três primeiros filmes da franquia, desapega de seus brinquedos em emocionante cena de “Toy Story 3”.

Bonnie abre novas possibilidades de histórias e personagens para a turma. Na trama, os brinquedos conhecem Garfinho, personagem deprimido, que leva Woody para uma aventura em que reencontrará amigos antigos e fará novas amizades, como Patinho, dublado por Marco Luque. 

“Apesar da estética fofinha, ele é sarcástico, com boas tiradas e acha soluções inusitadas para as questões que o envolvem. Então, ele acaba sendo bem complexo”, fala Luque. “Foi desafiador dar voz a ele e uma grande responsabilidade, já que ‘Toy Story’ é um projeto incrível”, diz o ator, que só viu o resultado de sua dublagem na pre-estreia do longa. “O resultado final foi ótimo. Ficou demais!”, comemora.

Assim como o terceiro filme da franquia, essa nova aventura promete fortes emoções e muitas lágrimas. O ator Tom Hanks, que dubla Woody desde o primeiro filme de 1995, confessou, a diversos veículos de imprensa internacionais, que ficou com os olhos marejados ao final das gravações. Ele contou que a fala final, com Woody e Buzz (dublado por Tim Allen) juntos, é emocionante. Quem ficou com o coração partido no fim de “Toy Story 3” – o melhor da franquia até agora –, deve seguir o exemplo de Hanks nesta quarta e última animação.

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