O site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) confirmou, hoje, o falecimento, por Covid-19, do jornalista, escritor, cineasta e dramaturgo Jesus Chediak, 78 anos, que era diretor cultural da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e atuava como curador da superintendência de Artes da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Chediak estava internado desde segunda-feira, 4, no Assim Medical Center do Méier, Zona Norte do Rio. A Prefeitura de Duque de Caxias, cidade onde Chediak deixou sua marca como secretário de Cultura, na gestão do ex-prefeito Alexandre Cardoso, decretou luto oficial de três dias pelo falecimento.
 
De acordo com a assessoria da unidade hospitalar, ele deu entrada na segunda-feira (4) com um quadro de problemas respiratórios. Passou por exames, inclusive uma tomografia, que constataram um quadro de Covid-19. Durante a noite, o quadro de Chediak se agravou e ele foi transferido para a UTI, onde permanece sob cuidados.
 
Chediak foi também diretor da Casa França Brasil e professor da Universidade Federal da Bahia e autor de diversos livros, entre eles “Brasil, país do presente: contribuições para a formulação de um socialismo cristão brasileiro”. Entre os filmes que produziu, o mais recente foi um sobre a vida de Pedro Aleixo. Era irmão de Almir Chediak, morto em um assalto em 2003. Uma de suas peças de teatro era uma sofisticada obra expressionista chamada “O Poder dos Inocentes”.
 
Jesus Chediak deixa a esposa Glória Chediak, também jornalista, e quatro filhos já adultos: Paloma, Tiago, Julian e Neelash. O presidente da ABI, Paulo Jeronimo Sousa, lamentou, no site da entidade, a perda do companheiro de tantas lutas na Casa do Jornalista, e o fato de não poder se despedir do amigo.  “Em tempos normais, faríamos o velório na própria ABI, que era a sua casa. É muita tristeza”, disse ele.