Música alternativa toma conta do Automóvel Clube em BH nesta quinta

O solene e vetusto Automóvel Clube, ainda hoje identificado com as esferas da sociedade belo-horizontina mais abastadas, viveu nesta quinta-feira (8) uma noite de inferninho, no melhor estilo A Obra (tradicional bar/boate na Savassi que abriga shows de bandas alternativas e público idem, pouco afeito a convenções ), com a realização do Festival Música Quente.

O público lotou o espaço para acompanhar os shows de Young Lights,  Metá Metá, Câmera, Rakta e os norte-americanos do Built tô Spill. São bandas cuja proposta musical é não ter rédeas nem para quedas,  eventualmente ruidosa e distante de padrões. De certa forma, incongruente com o espaço escolhido para abrigar o evento. E está justamente aí a graça, conforme a empolgada platéia demonstrou e expressou.

Os grupos se alternaram em dois pequenos palcos montados no nobre salão, com um show começando imediatamente após o outro. A estrutura também atendeu com justeza ao público. A apresentação do Metá Metá, transbordante de vigor, foi particularmente catártica.

O Música Quente, onde, como é com as bandas com que foi feito, resultou uma aposta inusitada e certeira, que aponta caminhos e possibilidades para quem lida com a produção musical em BH.