Na esteira das comemorações dos 80 anos do Conjunto Moderno da Pampulha, que serão celebrados com uma série de eventos a partir desta terça-feira (16), a boa-nova é que o Museu de Arte da Pampulha (MAP), fechado desde o fim de 2019, teve o projeto de restauração e intervenção aprovado, há cerca de dez dias, nos órgãos de preservação – Iphan, na esfera federal, Iepha, no âmbito estadual, e Diretoria de Patrimônio Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte, no contexto municipal.
As três instituições vão debater questões técnicas referentes ao projeto, que prevê a recuperação da cobertura e de todos os materiais e elementos artísticos do MAP, entre outras intervenções. “O primeiro passo é uma investigação técnica para subsidiar o projeto, desenvolvido ao longo de 2020 e 2021, quando apresentamos a primeira versão, que não foi aprovada”, comenta a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres.
“Fizemos, então, uma revisão, formamos um grupo de trabalho para buscar as adequações e chegar a um denominador comum para todas as intervenções pensadas. Agora, tivemos o retorno positivo. É uma vitória muito grande, uma grande conquista”, ela acrescenta.
O desenvolvimento dos projetos complementares e executivo, entre outras ações, está no plano de novas etapas a serem cumpridas. Segundo a gestora, ainda não é possível detalhar o cronograma, tampouco afirmar de onde virão os recursos, uma vez que o início dos trabalhos depende de um procedimento interno e também junto ao Iepha e ao Iphan.
“Sobre as fontes de recursos, estamos nesse arranjo institucional, que ainda está em construção. Ainda temos de fazer todos os trâmites necessários para a realização de uma licitação da obra”, explica Luciana Féres.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura ressalta que o processo de restauro e intervenção pelo qual o Museu de Arte da Pampulha passará não é como uma reforma: “Você não pode simplesmente substituir os materiais, porque estaria falsificando, promovendo um falso histórico. O que se busca é a recuperação dos elementos originais. O processo de restauro é muito criterioso, metodológico, científico, e é isso que estamos buscando para o MAP”.