Flexibilização

Reabertura de espaços culturais em BH segue indefinida

Mesmo sem data para a retomada de atividades, setores estudam sugestões de protocolos para o comitê contra a Covid-19

Por João Renato Faria
Publicado em 11 de agosto de 2020 | 17:58
 
 
Música<MC>O Jazzinho será realizado gratuitamente no CCBB-BH (praça da Liberdade, 450, Funcionários), na quinta (12), às 11h, com a Orquestra Ouro Preto; na sexta (13), às 17h, com Toninho Ferragutti e Salomão Soares; no sábado (14), às 17h, com Sílvia Negrão; e no domingo (15), às 17h, com Túlio Mourão (foto) e Renato Saldanha. Flavio Charchar/divulgação

Assim como o Instituto Inhotim, que já planeja sua reabertura mesmo sem uma data prevista, os diversos espaços culturais de Belo Horizonte também estão avaliando regras para uma retomada das atividades, mesmo fora da flexibilização que vem sendo aplicada pela prefeitura e que já beneficiou o comércio da cidade.

Segundo a secretaria municipal de Cultura, os protocolos para a volta ao funcionamento estão sendo debatidos desde maio entre o poder público e representantes dos setores, e contemplam seis áreas: museus, casas de espetáculos e teatros, salas de cinema, filmagens, centros culturais e bibliotecas. 

Ainda de acordo com a secretaria, para definir os padrões, os grupos de trabalho estudaram os protocolos adotados em outros países e cidades que já se encontram na fase de reabertura e que retomaram as atividades culturais em segurança. 

Três das sugestões de protocolos – para museus, casas de espetáculos e teatros e salas de cinema – já foram enviadas ao comitê de enfrentamento à Covid-19 organizado pela prefeitura, enquanto os outros três devem ser concluídos nos próximos dias. 

Os documentos, porém, ainda não foram avaliados pelo comitê. “Não entramos nesse assunto, não fizemos nenhuma reunião específica”, conta o infectologista Carlos Starling, um dos responsáveis por orientar a prefeitura de Belo Horizonte no enfrentamento ao coronavírus. 

Por isso, ainda não é possível falar em um protocolo definido para a reabertura de espaços culturais na capital. “Existem coisas mais urgentes nesse momento que acabam tomando o nosso tempo. Mas, certamente, vamos ter uma ocasião para debater quais serão as regras para a retomada de atividades desses locais”, completa. 

Por meio de nota, a secretaria afirmou que o retorno das atividades culturais "dependerá da evolução dos números da Covid-19 em Belo Horizonte, bem como da validação dos protocolos elaborados, visando a garantir a segurança do público e funcionários e conter a disseminação do coronavírus na cidade".

Segundo a pasta, a expectativa é que os museus sejam os primeiros espaços a ser liberados na cidade, “tendo em vista as características deles e a fruição das pessoas nesses locais, que permitem a adoção de medidas como o controle do acesso e a visitação em via única, por exemplo”.

Seguindo o modelo do Inhotim, os aparelhos culturais da capital estão fechados desde 18 de março. O decreto nº 17.297 restringiu, entre outras atividades, o funcionamento de casas de shows e espetáculos de qualquer natureza; boates, danceterias, salões de dança; casas de festas e eventos; feiras, exposições, congressos e seminários; cinemas e teatros.